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Transportes

Sindicato anuncia retoma das greves parciais na STCP a partir de 20 de junho

O Sindicato dos Trabalhadores de Transportes Rodoviários e Urbanos do Norte (STRUN) vai retomar as greves parciais na Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP), segundo um comunicado a que a Lusa teve acesso.

De acordo com o comunicado do STRUN, o pré-aviso de greve parcial abrange as últimas quatro horas de serviço entre os dias 20 de junho e 31 de outubro, e foi enviado na quarta-feira.

No entanto, o sindicato avisa que poderá, em breve, “intensificar a luta noutras datas e de outras formas”.

“As negociações que decorreram nas últimas cinco semanas com o STRUN e nos últimos nove meses com os outros sindicatos resultaram numa proposta que os trabalhadores consideram insuficiente, insultuosa e sectária por beneficiar quem mais ganha”, pode ler-se no comunicado.

Segundo o texto, os trabalhadores pretendem aumentos de 2% no vencimento e nas diuturnidades, 0,25% de diuturnidades para quem tem 9, 10 ou 11 anos de casa, 0,75% para quem tiver 15 anos, 0,50% para quem tiver 18 ou 19 anos e 0,25% para quem tiver 21, 22 ou 23 anos, a partir de outubro.

Também é reivindicado um aumento de 0,20 euros mensais no complemento salarial, o pagamento dos custos administrativos do Certificado de Aptidão de Motorista (CAM) para quem renovar em 2022 e 2023, um subsídio de alimentação extra para quem fizer 06h45 de trabalho suplementar e ainda a anulação dos escalões D e E.

A Lusa questionou a STCP sobre este novo anúncio e aguarda resposta.

A retoma das greves entretanto anunciada contrasta com o anúncio feito no dia 21 de abril, em que o STRUN afirmou que iria desconvocar o prolongamento da greve parcial na STCP prevista até julho, disse à Lusa o coordenador José Manuel Silva.

Um dia antes, a STCP esteve reunida na DGERT — Direção Geral do Emprego e das Relações de Trabalho com o STRUN “numa tentativa de persuadir o referido Sindicato a retirar o pré-aviso de greve e a voltar à mesa das negociações”, segundo a empresa.

Os trabalhadores reivindicavam um reforço do salário base em 30 euros, acrescentando, na prática, mais 15 euros ao valor que tinha já sido acordado entre a administração da STCP e quatro sindicatos.

O STRUN foi o único sindicato que se recusou a assinar este acordo.

Por LUSA

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