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Bingo do Boavista com futuro incerto

Os trabalhadores do Bingo do Boavista, no Porto, sentem-se “desesperados” e temem pelos postos de trabalho. O sindicato suspeita que o novo concessionário, anunciado há poucos meses, desistiu do negócio.

O Turismo de Portugal ordenou a retirada do equipamento da sala de jogo que pertence ao Estado e o senhorio também já colocou à venda cadeiras, mesas e restante recheio do espaço, tendo também contactado os trabalhadores para levarem os seus pertences dos cacifos. O futuro do Bingo do Boavista é cada vez mais uma incerto. Em Abril foi anunciado um novo concessionário para a sala, mas a esperança dos mais de 60 trabalhadores está decair.

“A empresa tem seis meses para reabrir a sala, terminam dia 11 de setembro, mas há indícios que desistiu do negócio deixando os trabalhadores à sua sorte”, afirma o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte. “Os trabalhadores estão receosos sobre o futuro dos postos de trabalho”, acrescenta.

Segundo o sindicato, a nova concessionária “voltou a faltar”, na última Sexta-feira, a uma reunião marcada pelo Ministério do Trabalho.

“O gerente da empresa alegou ter sido convocado para uma reunião com os sócios e solicitou o adiamento da reunião prevista para as 11 horas. O Ministério reagendou a reunião, pelo que a mesma deverá ter lugar no próximo dia 13 [Quarta-feira], pelas 15h e 30 min”, refere o sindicaro em comunicado.

“Na última reunião realizada dia 22 de junho a empresa assumiu o compromisso de dar uma resposta definitiva sobre a situação da concessão”, observa o sindicato, que deixa o alerta: “Os trabalhadores [no total, são 62] estão desesperados pois, muitos já não têm qualquer apoio social e não vêm luz ao fundo do túnel”.

O sindicato adiantou ainda que está marcada para hoje uma reunião com a Secretaria de Estado do Turismo para abordar o tema. A postura do Governo em todo o processo merece muitas críticas negativas por parte da estrutura representativa dos trabalhadores, que anunciou ter mesmo pedido uma reunião à Câmara Municipal do Porto. O apelo, diz o sindicato, ainda aguarda resposta.

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