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Bingo do Boavista não irá reabrir no mesmo espaço

O Bingo do Boavista não irá reabrir no espaço situado na avenida portuense. A empresa concessionária informou dessa decisão na reunião que manteve, na tarde desta Quarta-feira, com o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria de Hotelaria, Turismo, Restaurantes e Similares do Norte.

Esse foi o único anúncio saído do encontro, que decorreu por videoconferência e sob mediação do Ministério do Trabalho, através da Direção-Geral do Emprego e das Relações de Trabalho. Tendo em conta Francisco Figueiredo, presidente do sindicato, a Venistiplet – Gamming assegurou que a exigência de uma caução de 300 mil euros por parte do senhorio tornaria “o negócio inviável”.

O responsável (ao Jornal de Notícias) adiantou ainda que a administração da empresa não decidiu, até ao momento, se vai manter-se no negócio, se reabrirá a sala de jogo, quando e onde são temas que “ainda estão em discussão”. Confirmou também que foi agendada nova reunião para dia 29 de Julho, estando previsto a tomada de posição final da concessionária.

Caso desista do negócio, a Venistiplet – Gamming perderá a caução que depositou no âmbito da assinatura do contrato de concessão com o Estado, ao abrigo da qual tem seis meses para reabrir a sala. O prazo finaliza a 11 de Setembro.

Francisco Figueiredo mantém a espectativa de que o espaço perdure, mas, por outro lado, tem “receio de que nada venha a acontecer”. Em risco estão 62 postos de trabalho. “O sindicato lutará até ao fim para que estes trabalhadores tenham direito aos seus postos de trabalho”, prometeu, concluindo que, se a concessionária desistir, o sindicato irá “reclamar do Estado um novo concurso”.

Ainda de acordo com o sindicato, a concessionária estará na disposição de pagar uma renda mensal de 25 mil euros pelo espaço, mas não concordou com uma caução equivalente a 12 meses de renda, ou seja, 300 mil euros, como pedia o senhorio. Entretanto, como não foi assinado o pré-acordo de arrendamento, o proprietário colocou o local à venda. Por esse facto, o Estado, através do Turismo de Portugal, já retirou os equipamentos de jogo que lhe pertencem.

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