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Vários locais no coração histórico do Porto vão receber o festival MIMO

“Era evidente que o MIMO tinha de ser do Porto, para os portuenses e para todos os que nos visitam. Um festival de todos para todos”, sublinhou Rui Moreira, a propósito da abordagem da fundadora e diretora do MIMO para trazer o festival para a Invicta, depois de quatro edições em Amarante.

Na conferência de imprensa, que decorreu ontem na Casa do Roseiral, a diretora do festival, Lu Araújo, salientou que a realização do festival, que nasceu há 18 anos no Brasil, na cidade do Porto era “um dos seus sonhos”. 

“Em 2015, procurei o Porto, à época, com o Paulo Cunha e Silva [antigo vereador da Cultura da Câmara do Porto] mas percebi que ia ser uma negociação demorada. Acabei por optar por Amarante, mas nunca deixei de sonhar com o Porto”, salientou Lu Araújo. 

No festival, que é totalmente gratuito, estão previstos mais de 20 concertos, 11 DJ sets, oito workshops, oficinas e residências no programa educativo, bem como diversas atividades de arte, performance, tecnologia e a “mítica” Chuva de Poesia, que este ano, decorre na livraria Lello. 

Entre os dias 23 e 25 de setembro, o “Mimo” vai ocupar vários locais no “coração histórico do Porto”, tais como o Largo Amor de Perdição, o Jardim da Cordoaria, a Reitoria da Universidade do Porto, o Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, o Jardim das Virtudes e o Palácio de Cristal. 

As Igrejas do Carmo, dos Carmelitas Descalços, de São José das Taipas, de Nossa Senhora da Vitória e de São Bento da Vitória também vão servir ser palco para alguns artistas. 

Na estreia do festival no Porto são esperados artistas oriundos de vários países como Brasil, França, Nigéria, Congo, Ucrânia, Reino Unido, Argélia, Tunísia, Cabo Verde, Costa do Marfim e Índia. 

Entre os artistas estão Emicida, Chico César, Asa, Ray Lema, Don Letts, DuOuD, Mario Lúcio, Valentina Lisitsa, Nishat Khan e muitos mais. 

Também presente na conferência de imprensa, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, salientou que a “fórmula do Mimo foi testada com sucesso nas margens do rio Tâmega”, considerando este um “festival sem paralelo a nível nacional e internacional”. 

“Tornou-se claro que no Porto tínhamos de testar um novo modelo”, disse, salientando que era intenção trazer novamente para a cidade um festival “gratuito” para todos. 

“Queríamos um evento agregador de públicos, que se apresentasse sem qualquer barreira, fosse ela de acesso ou linguagem”, destacou Rui Moreira, notando que este será um “acontecimento marcante na vida cultural da cidade”. 

O autarca adiantou ainda que o festival prolongará a animação na cidade, uma vez que acontece após a Feira do Livro.

O Mimo Porto conta com o apoio da Câmara Municipal do Porto, da Universidade do Porto e da Fundação Millennium BCP. 

O Festival Mimo realizou-se, durante quatro anos consecutivos em Amarante, com a primeira edição, em 2016, a atrair dezenas de milhares de pessoas, o que se repetiu até 2019.

Em maio de 2020, foi decidida pela Câmara de Amarante a não adjudicação no procedimento destinado à contratação de duas edições do Festival Mimo (2020 e 2021), uma vez que, segundo a versão da autarquia, “fruto da pandemia gerada pela covid-19, não podia o município realizar o evento, particularmente a edição prevista para julho de 2020”.

Aquela decisão da edilidade foi impugnada em tribunal pela empresa promotora do evento, tendo a instância judicial decidido condenar a autarquia a retomar a tramitação procedimental pré-contratual, o que foi realizado, de acordo com deliberação do executivo, de 30 de março, que prevê a adjudicação do evento (duas edições) à entidade ‘Memories and Heritage’, Unipessoal, Lda., por 894.308,94 euros, mais IVA.

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