O FC Porto goleou o SC Braga por 4-1!
A pausa para as seleções terminou e, com ela, regressaram as competições de clubes. O FC Porto estava a passar um período menos positivo, vencendo apenas dois dos últimos seis jogos, enquanto o SC Braga continuava invicto nos nove jogos que tinha disputado na temporada.
Sérgio Conceição apostou num 4-4-2 losango. O meio-campo foi composto por Uribe, Stephen Eustáquio e Bruno Costa. Pepê jogou atrás de Taremi e Evanilson, embora tenha descaído algumas vezes para as alas. Na defesa, o técnico portista apostou novamente em Rodrigo Conceição para lateral direito. Curiosidade para o facto de João Mário e André Franco (titular na Amoreira) não aparecerem na ficha de jogo. Otávio começou a partida no banco de suplentes.
Já Artur Jorge manteve-se fiel ao seu já habitual 4-4-2. Sikou Niakaté recuperou de lesão e foi titular, tal como Al Musrati e Vitinha, que formou a dupla de ataque com Simon Banza.
Com as duas equipas em declarados 4-4-2, a diferença esteve nos posicionamentos e estratégias iniciais. Os bracarenses optaram por tentar ditar um ritmo mais pausado do jogo, mas correu mal. Os dragões entraram melhor no jogo, tendo mais posse de bola e a pressionar em todo o terreno, em bloco médio, não deixando os minhotos respirar e construir lances de ataque.
A pressão era intensa e deu frutos duas vezes no espaço de dois minutos. Primeiro, aos 32 minutos, grande jogada coletiva dos portistas a resultar em golo de Evanilson. Ainda no meio-campo, Evanilson deu, de calcanhar, para Pepê que, com dois toques, colocou para Mehdi Taremi. O internacional iraniano correu, aguentou a pressão de Fabiano e Matheus e meteu para Stephen Eustáquio, que levantou ao segundo poste para Evanilson encostar com o peito. Estava inaugurado o marcador. É caso para dizer que este 1-0 nasce na bravura de Pepê, na inteligência de Taremi e na classe de Eustáquio. Depois, Evanilson só teve de empurrar.
Dois minutos depois, Vitinha, em esforço, falhou o passe, Taremi isolou Pepê e o brasileiro, nada egoísta, ofereceu a Eustáquio que perante Matheus atirou a contar para o 2-0. Primeiro golo do internacional canadiano pelos azuis e brancos.
Até aí nada de SC Braga. Os visitantes pouco ou nada conseguiram construir, a não ser perto do intervalo, quando Iuri Medeiros contornou Diogo Costa, mas o seu remate saiu ao lado. Valente susto para os dragões, porque se este lance tivesse dado em golo, muito provavelmente, a segunda parte seria bastante diferente.
No lance seguinte, Bruno Costa viu Matheus negar-lhe o 3-0, após passe atrasado de Taremi (a inteligência do iraniano é fenomenal). Ainda assim, ao intervalo, a vantagem portista no marcador era justa, já que, apesar de não ter tido uma avalanche de oportunidades perante um SC Braga organizado, foi eficaz.
Os arsenalistas mudaram a abordagem na segunda parte. Ao intervalo, Artur Jorge, naturalmente descontente, efetuou três substituições: Victor Gómez, Uroš Račić e Abel Ruiz renderam Fabiano, Iuri Medeiros e Simon Banza e rapidamente se viu mudanças.
O SC Braga passou a ser mais agressivo, a ter mais bola, e, aos 53 minutos, Ricardo Horta rematou com estrondo à barra da baliza defendida por Diogo Costa. O tento bracarense surgiu logo a seguir. Excelente recuperação de bola de Al Musrati, seguida de passes sucessivos, com Victor Gómez a cruzar rasteiro e Pepe a fazer autogolo. Foram 15 minutos de risco máximo dos minhotos, premiados com esse momento. Porém, foi sol de pouca dura.
O campeão nacional não ficou de braços cruzados e, aos 63 minutos, o cruzamento de Rodrigo Conceição (que surpreendeu positivamente) ressaltou em Niakaté e a bola sobrou para Mehdi Taremi. O iraniano, com grande classe, fez a bola passar por entre as pernas de Tormena e deixou para Pepê que finalizou com toda a calma.
Se tudo estava complicado para o SC Braga, pior ficou no minuto 84, quando Matheus saiu fora de área e depois de fazer falta sobre Taremi – que ficava isolado para a baliza -, viu o cartão vermelho direto. Nesta fase já o jogo estava decidido, mas ainda houve tempo para o quarto tento da equipa da casa. Tiago Sá defendeu o remate de Gabriel Veron, mas a bola foi na direção de Galeno que, aos tropeções e em desequilíbrio, fez golo contra a sua antiga equipa (não festejou) e fechou o resultado em 4-1.
Uma das melhores exibições do FC Porto esta época, e logo diante de um SC Braga que tem sido competentíssimo. Toda a equipa de Sérgio Conceição esteve bem. Rodrigo Conceição surpreendeu positivamente, Stephen Eustáquio e Uribe entenderam-se bem no meio-campo, Pepê esteve em dois golos e parecia Otávio no trabalho sem bola, mas Taremi merece todos os elogios.
No Dragão, tudo faltou à equipa de Artur Jorge: entrou organizada, mas encolhida, dando a bola ao FC Porto. Quis soltar-se e foi derrubada com dois golos sucessivos. Na segunda parte, arriscou tudo, fez um golo, mas depois nunca mais criou grande perigo à baliza de Diogo Costa.
???? ??: Mehdi Taremi. Como disse anteriormente, praticamente toda a equipa do FC Porto esteve bem, mas o iraniano merece todos os elogios. Não marcou, mas fez duas pré-assistências nos dois primeiros dois golos da equipa portista e, para além disso, inventou o terceiro dentro de uma cabine telefónica cheia de pernas arsenalistas. Taremi é um tratado de bom futebol.
?????? ?? ????: Primeira parte do SC Braga. A equipa bracarense entrou organizada, mas encolhida, dando a posse de bola e a iniciativa ao FC Porto. Melhorou com as substituições e os primeiros 15 minutos do segundo tempo foram melhores, mas insuficientes. Também é preciso dar mérito à turma de Sérgio Conceição, que pressionou em todo o terreno, em bloco médio, não deixando os minhotos respirar e construir lances de ataque. Ainda assim, esperava-se mais dos comandados de Artur Jorge, que tem sido competentíssimos neste arranque de temporada.
Grande exibição do FC Porto!