A Arquidiocese de Braga vai conseguir uma redução de cerca de 50% dos custos de consumo de energia, graças à instalação de centrais fotovoltaicas com mais de 2.100 painéis solares, foi anunciado esta terça-feira.
Segundo fonte da arquidiocese, em causa está a criação de uma Comunidade de Energia Renovável, que tem como objetivos a sustentabilidade, a redução de custos e também o combate à pobreza energética entre as famílias carenciadas da região.
Com este projeto, a arquidiocese passará a gerar mais 27% de energia do que aquela que consome.
Além disso, torna-se “energeticamente independente”, pois 45% da energia consumida passa a ser proveniente da central solar.
A Comunidade terá as suas centrais fotovoltaicas distribuídas por vários edifícios, designadamente Arquidiocese, Paço, Edifício de Santa Margarida, Lavandaria, Seminário Nossa Senhora da Conceição, Seminário Conciliar e Instituto Diocesano de Apoio ao Clero.
“Com isto, estamos a ajustar a política de consumo energética aos desafios que o aquecimento global, a escalada de preços da energia e os desafios ecológicos e ambientais nos colocam”, sublinhou a fonte.
Através deste projeto, a arquidiocese poderá apoiar cerca de 650 famílias mais carenciadas, que beneficiarão de uma tarifa social comunitária em média 30% inferior às atuais tarifas de mercado.
No futuro, o projeto pretende incluir outras entidades, como as IPSS, os colégios e outras instituições ligadas à Arquidiocese de Braga.
A criação da Comunidade de Energia está a cargo da empresa Cleanwatts, sem custos para a arquidiocese.
A Comunidade Energética irá arrancar com a instalação dos painéis nos telhados da arquidiocese (produtor-âncora), após o que a Cleanwatts angariará consumidores naquela região, “de preferência com afinidades sociais e perfis de consumo complementares” ao da arquidiocese.
Segundo a Cleanwatts, a Comunidade poderá, posteriormente, crescer com a adesão de novos membros produtores, que tenham telhados ou terrenos com capacidade para expandir a potência fotovoltaica instalada.
“O impacto da Comunidade poderá ainda crescer com a introdução de outras fontes de geração renovável, como eólica, biomassa ou hidroelétrica, por exemplo”, acrescenta.
Fonte: Lusa