Dadas as denúncias de falta segurança e uma vez que não vão ser feitas obras no centro comercial Stop, o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, afirmou, esta segunda-feira, durante a reunião de Executivo, que a Proteção Civil terá mesmo de encerrar o espaço. Sendo o centro comercial utilizado por vários músicos, o autarca sugeriu criar um novo espaço dedicado aos artistas nos últimos dois pisos do Silo Auto.
A solução não agrada aos músicos do Stop, mas a proposta é de adaptar os dois últimos pisos do parque de estacionamento Silo Auto. O espaço, partilhado entre os vários artistas, teria um regulamento de utilização e seria de gestão municipal. Há, entanto, um projeto de requalificação do centro comercial Stop, apresentado pelos músicos e pela administração do condomínio, que está aprovado pelo Município. O prazo para a realização das obras termina no dia 30 deste mês, mas pode ser sucessivamente prolongado até 31 agosto de 2023.
Mas tanto o presidente da Câmara do Porto como o vereador do Urbanismo, Pedro Baganha, não acreditam que as obras avancem. Consideram ser “improvável que haja dinheiro para uma obra extremamente cara”. E, tratando-se de um centro comercial de primeira geração, como o Dallas e o Brasília, haverá mais de 80 proprietários, alguns em parte incerta ou emigrados. Para Pedro Baganha, “transforma a recuperação [do Stop] uma matéria impossível”.
O assunto foi debatido durante a manhã desta segunda-feira, em reunião de Executivo, na sequência de uma proposta de recomendação da CDU, que apresentava uma solução de “tomada de posse administrativa do Stop por parte da Câmara do Porto e/ou Ministério da Cultura”. Rui Moreira explicou que, com um projeto para obras aprovado, tal decisão seria ilegal.
A proposta para adaptar os dois últimos pisos do Silo Auto já terá sido, entretanto, recusada pelos músicos por questões de logística e de conciliação de horários entre as diferentes bandas.