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“Não há um único indício” de terrorismo

O director nacional da Polícia Judiciária, Luís Neves, garantiu que, após as diligências efectuadas, se concluiu que “não há um único indício” de terrorismo, para motivar o ataque cometido ontem, no Centro Ismaili, em Lisboa, onde duas pessoas foram violentamente assassinadas.

A PJ aponta para um cenário de provável “surto psicótico”, que originou que o homem afegão atacasse com uma faca de grandes dimensões três pessoas nesse centro religioso. Duas vítimas mortais eram assistentes sociais, outro homem ficou ferido.

Luís Neves afirmou, em conferência de imprensa na sede da PJ, que o homem tinha viagem agendada para a Alemanha, com os três filhos menores e reforçou a convicção de que “não havia qualquer sinal de radicalização religiosa”.

Luís Neves elogiou a rápida e eficaz atuação da PSP, valorando-a “de excelência, de grande nível. Se não tivessem intervindo, hoje, se calhar, em vez de estarmos a falar de duas vítimas mortais consumadas e uma gravemente ferida, porventura, podíamos estar a falar de mais vítimas”.

Considerando o sucedido como “uma tragédia”, o director da PJ assegurou que o acto se insere num “delito de natureza comum”. Reservando alguns dos dados alcançados com a investigação das forças policiais, feita em conjunto com diversas autoridades internacionais, afirmou que a vida de Abdul Bashir, desde o seu país de origem, até ao campo de refugiados na Grécia e o tempo a viver em Portugal foi escalpelizada ao mais ínfimo pormenor.

A polícia está a aguardar um mandado judicial para empreender buscas à residência do suspeito, que só deverá ter alta hospitalar daqui a “10 ou 15 dias”.

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