Médicos não disponíveis para mais horas extra a partir de 12 de Setembro

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“Queremos que os sindicatos e o Governo tomem decisões”, reivindicam subscritores do documento. Médicos param três dias na próxima semana e mais dois na seguinte.

Mais de 200 médicos subscreveram uma carta aberta ao ministro da Saúde a demonstrar indisponibilidade para trabalhar mais do que as 150 horas extraordinárias anuais obrigatórias se, até 11 de Setembro, não acabar o impasse negocial com a classe.

Em declarações à agência Lusa, Helena Terleira referiu que o documento foi engendrado no Sábado por um grupo de médicos da Unidade Local do Alto Minho (ULSAM), e que “em 24 horas foi subscrito por 186 médicos de todo o país”.

Segundo a médica, hoje, pelas 13:00, o total de assinaturas era de 203, sendo que 81 subscritores trabalham na ULSAM.

Na carta aberta que será enviada a Manuel Pizarro dia 1 de Setembro, os médicos referem que “têm cumpridas as 150 horas de trabalho suplementar obrigatórias até 11 de setembro, data em que decorrerá uma reunião da maior importância entre sindicatos e Governo, cujo objetivo é, como desde há 16 meses, estabelecer uma plataforma mínima de entendimento que permita ultrapassar o impasse existente e que tem motivado as múltiplas ações de protesto legítimas dos médicos”.

“Na ausência deste entendimento, no dia seguinte, 12 de setembro, faremos valer a declaração de indisponibilidade para a prestação de trabalho suplementar acima das 150 horas anuais, com impacto negativo na dinâmica dos serviços de saúde que estão, como sabemos, claramente dependentes do trabalho extraordinário dos médicos”, afirmam também.

Contactada pela Lusa, fonte do Ministério da Saúde disse que, “estando o processo negocial em curso, seria extemporâneo uma pronúncia pública” sobre o exigido.

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