Marcelo Rebelo de Sousa em parada militar na Marginal do Porto
Cerca de 1500 militares dos três ramos das Forças Armadas deram início, pelas 09.15 horas de sábado, no cais do Molhe, Porto, à cerimónia militar comemorativa do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas.
Fechadas ao trânsito, nas avenidas da marginal do Porto, estão 1460 militares do Exército, Marinha e Força Aérea, e ao largo da praia do Molhe está o navio patrulha oceânico “Figueira da Foz”.
O desfile da parada contou com 75 viaturas militares e um desfile aéreo, com 11 aeronaves. Um C-130, um C-295, quatro Alfajet e quatro F-16 sobrevoaram o céu do Porto no sentido sul-norte (Porto/Matosinhos).
Segundo o porta-voz das Forças Armadas, Helder Perdigão, pela primeira vez, as comemorações militares do 10 de Junho contam com a presença de 25 cavalos, designadamente nove da Escola de Mafra e 16 do Colégio Militar.
País “independente” e “livre”
No seu discurso comemorativo do dia de Portugal, o chefe de Estado defendeu a necessidade de combater a pobreza, superar a injustiça, promover o conhecimento e abraçar a pátria, aclamando um país “independente” e “livre da sujeição”. “Independente do atraso, da ignorância, da pobreza, da injustiça, da dívida da sujeição. Livre da prepotência, da demagogia, do pensamento único, da xenofobia e do racismo”, disse.
Para alcançar as tão desejadas independência e liberdade, sendo o 10 de junho também o dia de Camões, Marcelo apelou à união da “cultura ancestral” e da “antecipação do futuro”, destacando a “nossa língua, a nossa educação, a nossa ciência, inovação, conhecimento”.
Num discurso de cerca de cinco minutos, Marcelo Rebelo de Sousa dedicou também uma palavra especial às comunidades portuguesas espalhadas pelo mundo. Comunidades “desse outro Portugal que nos faz universais”, disse, defendendo que devem estar “mais presentes”: “nas nossas leis, nas nossas decisões coletivas, na nossa economia, mas sobretudo na nossa alma”.
Depois dos atos comemorativos no Porto, que acolhe novamente este ano as comemorações depois de 11 anos, o Presidente da República segue para o Brasil, deslocando-se a São Paulo e ao Rio de Janeiro.