História – Jardim da Cordoaria
Jardim da Cordoaria
Mais conhecido por Jardim da Cordoaria, este jardim é denominado de Jardim João Chagas desde 1924. O nome por que é mais conhecido, deve-o à actividade dos cordoeiros que estiveram instalados neste lugar – na cordoaria nova – durante cerca de 200 anos. Com efeito, na Idade Média neste lugar situava-se o Campo do Olival que albergou a Cordoaria do Bispo. O Campo era formado por uma vasta área de oliveiras que se estendiam até ao Carregal, Carmo e Praça Carlos Alberto.
No século XVII começou a urbanizar-se este antigo subúrbio e em 1611 parte do antigo Campo transformou-se numa alameda – Alameda dos Olivais. Era na altura um lugar de feiras diárias. Uma das feiras aí realizadas, a feira de S. Miguel, em 1876, muda-se da Cordoaria para a Praça da Boavista, hoje Praça Mouzinho de Alburquerque.
No século XIX a Câmara decidiu transformar a Praça da Cordoaria num passeio público.
O paisagista alemão Emílio David, envolvido na concepção de outros espaços verdes da cidade, nomeadamente do Palácio de Cristal e Passeio Alegre, é o autor do projecto de ajardinamento, executado em 1865/1866. Com plantas raras em redor de um lago, várias estátuas, bancos e coreto, este jardim, característico dos jardins românticos do século XIX, foi considerado na época um jardim botânico. Passou a ser muito frequentado pela burguesia da cidade, até ao início do século XX.
Em 1941 um violento ciclone devastou o jardim, que posteriormente foi replantado.
Em 2001, no âmbito do Porto 2001, Capital Europeia da Cultura, este jardim sofreu nova remodelação.