Praça da República
João de Almada e Melo, na segunda metade do século XVIII, estabeleceu a abertura de uma praça ampla no antigo Campo de Santo Ovídio. Pouco depois, terá sido edificado o quartel militar de Santo Ovídio.
Na Praça da República tiveram lugar diversos acontecimentos político-militares, especialmente em 1820, onde decorreu a concentração das tropas liberais.
Em 1891, foi a vez das tropas republicanas, na revolta de 31 de janeiro. Em virtude disto, em 1910, a praça recebeu o nome que conserva até à atualidade.
Em 1790, terá sido mandado construir o Quartel de Santo Ovídio pela rainha D. Maria I:
– Serviu como aquartelamento das unidades de infantaria, entre 1798 e 1952;
– Instalados aí, estiveram os Comandos da I Região Militar do Porto, de 1926 a 1970;
– da Região Militar do Porto, entre 1970 e 1975;
– da Região Militar do Norte, de 1975 a 2006, albergando o Comando do Pessoal
Características da Praça da República
A praça possui, no seu interior, o Jardim Teófilo de Braga, onde figuram várias esculturas: O Rapto de Ganimedes, de 1910, de Fernandes Sá; Baco, de 1916, de António Teixeira Lopes; Padre Américo, de 1959, de Henrique Moreira e República, de 2010, do escultor Bruno Marques.
Na escultura que representa o rapto de Ganimedes, em que Zeus, disfarçado de águia, rapta o jovem. Esta obra foi premiada no Salon de Paris, em 1900.
Na escultura que representa Baco, uma alegoria pagã, que representa o deus romano do vinho, filho de Júpiter e de Semele. Constituído por um alto pedestal em granito, o monumento em forma de tronco de pirâmide quadrangular, tem as arestas chanfradas. Na sua parte superior, apresenta cachos de uva entrelaçados, pendendo sobre os chanfros das arestas. Em cima do pedestal, está Baco, em bronze, sorridente, e coroado de frutos.
Na escultura do Padre Américo, cujo nome completo foi Américo Monteiro de Aguiar, pretende-se homenagear esta importante figura da igreja, um benfeitor que dedicou a sua vida aos mais carenciados, nomeadamente aos jovens. Com esta escultura, pretende louvar-se a sua vida e obra a grandes obras, em prol dos mais desfavorecidos.
A sua obra mais conhecida e destacada é a Casa do Gaiato, sendofundada a primeira, em 7 de janeiro de 1940, no lugar de Bujos, em Miranda do Corvo, seguindo-se várias outras até à última, em Setúbal, em Algeruz, a 1 de julho de 1955. O Padre Américo nasceu no concelho de Penafiel, a 23 de outubro de 1887. Faleceu, após se dedicar a inúmeras obras, em 1956, vítima de acidente de viação. Em 1986, teve início o seu processo de glorificação canónica.