Os chefes de cozinha Ljubomir Stanisic e Hélio Loureiro estiveram entre os jurados que, a 20 de junho, deram a conhecer publicamente, na Alfândega do Porto, o doce que para o futuro ficará conhecido como “Delícia do Porto” e que resulta de uma competição que nos últimos meses envolveu pasteleiros profissionais e amadores.
O concurso partiu da seguinte premissa, apontada pela organização: “Olhamos para Aveiro e vemos-lhe os ovos moles, para Sintra, os travesseiros e para Tentúgal, os pastéis de nome homónimo. À cidade do Porto, não lhe associamos imediatamente um doce”. Desta forma, coube à Invicta procurar o doce que melhor represente a sua identidade.
Os participantes teriam que responder a alguns princípios na confeção dos seus doces: Receita genuína, inovadora, de origem local, sem aditivos e conservantes e, importante, “que revelem a alma da região”.
O doce que será identitário da cidade é inspirado na paixão que a sua autora tem pela doçaria conventual. “É como que uma homenagem ao que se fazia no extinto Convento de S. Bento de Avé Maria do Porto, que se situava no que é hoje a Estação de S. Bento. Nesse convento usava-se o milho, pão, trouxas de ovos, eu acrescentei o feijão para a criação desta peça”, conta Gabriela Ribeiro. O doce tem o formato de coração, evocando “o momento em que D. Pedro IV doou o seu coração à cidade do Porto como forma de agradecimento pela lealdade do povo da cidade à causa liberal”.
Com os quatro finalistas anunciados previamente na página da iniciativa, os jurados deliberaram que caberia o primeiro lugar a Gabriela Oliveira, candidata com um doce em forma de coração, inspirado na doçaria conventual da cidade.