As ruas poéticas da cidade Invicta
Ontem, dia 21 de março, foi marcado pelo Dia Mundial da Poesia. Hoje relembramos a poesia que está espalhada pela cidade do Porto, nos cantos que só nós portuenses nos lembramos de encontrar.
Pela cidade fora, há poemas escritos em azulejos, escritos a caneta nas paredes, nas pedras, autocolantes espalhados pela Rua das Flores, como pinturas que não precisam de palavras para transbordar poesia.
Para honrar este género linguístico, criou-se um projeto de arte urbana intitulado de ‘Preencher Vazios’ e foi criado pela artista Joana de Abreu. Uma coleção de poemas em constante crescimento, com nomes nacionais queridos a todos nós.
Como se pode ler no artigo publicado pelo ‘Porto.’, na Rua da Restauração, “o já antigo ‘Recado ao Porto’, uma rescrição do fado ‘Recado a Lisboa’ de José Viana, sobrevive imponente num muro, comprovando como a saudade, esse sentimento tão português, é feito de momentos que nos ficam gravados na memória, quando não também na pele.”
Uma cidade que transpira cultura, poesia, vinho, escrita.
Como tripeira de gema, que viveu muito tempo fora da cidade invicta, são momentos e movimentos culturais como este que me fazem sentir em casa. Raízes tão presas a terra, impossíveis de serem quebradas. Os portuenses são orgulhosos, mas porque são seguros da sua terra.
Nasci, cresci e vou sempre pertencer à única cidade que me ensinou o que significa a palavra saudade.