Moratória dos empréstimos à habitação ascende a mais de 3 mil milhões de euros

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Valor dos empréstimos de particulares e empresas em moratória pouco diminuiu face ao máximo, totalizando 45,7 mil milhões em Janeiro.

O montante de empréstimos à habitação que terminam em Março, ou seja, os pagamentos terão de ser retomados em Abril, ascende a 3,7 mil milhões de euros. Este é o montante de crédito, para fim de habitação, que está na moratória privada, a que foi criada pelos bancos, o que corresponde a 21% do total incluído nas medidas criadas para minimizar o impacto económico da pandemia.

O total de crédito das famílias que está na moratória pública assim como na privada é de 20 mil milhões de euros, 17,1 mil milhões ou 86% dos quais relativos a crédito à habitação, de acordo com dados do Banco de Portugal, divulgados esta quarta-feira.

O montante total de empréstimos em moratória, de empresas e particulares, continua perto do máximo, atingido em Setembro de 2020 de 48,1 mil milhões de euros. No final do mês de janeiro, o valor ascendia a 45,7 mil milhões de euros, o que significa que apenas uma pequeno montante retomou o seu pagamento porque a moratória terminou (como aconteceu em algum crédito ao consumo) ou os clientes optaram por pôr fim a essa medida.

O crédito às empresas, abrangido pela medida que suspendeu o pagamento de capital e juros, ascendeu a 24 mil milhões de euros, equivale assim a 33,2% do total de empréstimos concedidos pelas instituições financeiras a este tipo de clientes. O número de devedores neste segmento chegou a 54 mil, no final de Janeiro, representando 99% no Universo das pequenas e médias empresas (PME).

No caso dos particulares, os 20 mil milhões de euros representam 16,1% do total de empréstimos concedidos às famílias. Desse montante, 86% correspondia a empréstimos para habitação, e o restante a crédito ao consumo e para outros fins, como educação.

Dentro dos sectores mais afetados, apenas o do alojamento e da restauração, o crédito em moratória equipara-se a 57% do total dos seus empréstimos.​

A par dos 17, 1 mil milhões de euros de crédito à habitação, os particulares têm também cerca de 2,9 mil milhões de euros noutros créditos, a maioria relaciona-se com o consumo.

Em relação a este montante, o BdP não dividiu o que está na moratória privada e pública, sendo que a maioria está seguramente na medida criada pelos bancos, uma vez que a do Estado abrange apenas o crédito para fins de educação.

A moratória de crédito ao consumo privado vence no próximo mês junho e a parte mais pequena que está na pública terminará em Setembro.

FONTE: Público

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