presidente da Câmara do Porto considera ser “inaceitável que subitamente se crie uma situação de verdadeira exceção” quanto ao recrudescimento da Covid-19 em Lisboa e Vale do Tejo. Rui Moreira exige ao Governo e às autoridades de saúde “um tratamento equitativo”, considerando que não se podem alterar regras só porque se trata de Lisboa. “Prejudica a unidade nacional”, alerta.
O autarca, que numa declaração em vídeo, diz que, “como qualquer português”, é “totalmente solidário” com o recrudescimento da Covid-19 em várias zonas do país, em particular em Lisboa e Vale do Tejo, não deixa, no entanto, de observar que o que aconteceu em Lisboa e Vale do Tejo não pode ser tratado de ânimo leve.
“Depois do que sucedeu em Lisboa e Vale do Tejo, e estão identificadas as razões pelas quais houve este crescimento súbito, e muito preocupante, do número de casos, aquilo que se esperava é que fossem tomadas medidas semelhantes àquelas que foram tomadas no resto do país”, declara.
“Bem sem que são mais pessoas, mas parece-me haver claro benefício ao infrator”, continua.
“Não pode deixar de nos causar alguma revolta, quando municípios como o Porto se esforçam para fazer centros de vacinação drive-thru e isso é recusado pelo Ministério da Saúde”, acusa Rui Moreira.
“Mas em Lisboa o que acontece é que não se vai acelerar as medidas de confinamento”, constata ainda Rui Moreira, que afirma ainda que as ordens “são emanadas do centro do poder”.
“Quero dizer ao Governo e às autoridades de saúde que exigimos um tratamento equitativo. Não se podem alterar as regras. Prejudica a unidade nacional”, conclui.
Veja o vídeo aqui