No Atlético de Madrid, Diego Simeone apostou no habitual 3-5-2 e teve boas notícias relativamente a Oblak, já que o guardião esloveno recuperou de lesão e foi mesmo titular.
No FC Porto, Sérgio Conceição manteve o 4-4-2, com Pepê novamente a lateral direito, mas Zaidu e Evanilson entraram para os lugares de Wendell e de Toni Martínez, respetivamente, relativamente ao jogo com o Gil Vicente FC.
Sem surpresa, na primeira parte, o jogo foi muito equilibrado, com ambos os conjuntos a privilegiarem a boa organização.
Ainda assim, após um ligeiro ascendente dos “colchoneros”, que tentavam explorar a largura que Molina e Carrasco davam à direita e à esquerda, respetivamente, os dragões serenaram os ânimos e começaram a aproximar-se da baliza defendida por Oblak, alicerçados na segurança de Pepe, no critério de Uribe, Eustáquio e Otávio e nas acelerações de Galeno, mas com dificuldades no último passe e na definição das jogadas. Do lado ‘Rojiblanco’, apenas alguns rasgos de João Félix criavam mossa, mas Pepe, sempre imperial, travava tudo.
Sem contar com um remate de Koke defendido por Diogo Costa, o FC Porto teve pouco sofrimento até ao intervalo, que chegou após uma boa oportunidade criada por Taremi, que passou atrasado e Evanilson não chegou.
Insatisfeito, Simeone fez duas mexidas ao intervalo na procura de uma maior agressividade da sua equipa no jogo. Rodrigo De Paul e Lemar entraram para os lugares de Molina e Carrasco, respetivamente.
Com as alterações, o Atlético entrou com tudo no segundo tempo e até marcou aos 50 minutos, por intermédio de Koke, mas o lance foi invalidado por fora-de-jogo de De Paul no início do lance. Porém, rapidamente o FC Porto voltou ao controlo das operações e criou vários sustos em ataques rápidos.
Oblak assumiu papel de destaque no jogo, ao defender em grande estilo o grande remate de Eustáquio, seguido da grande oportunidade de João Mário, após cruzamento de Taremi. Minutos depois, o guarda-redes esloveno ainda tirou a bola dos pés de Evanilson e, na sequência, foi Witsel a travar o remate de Taremi. Só dava FC Porto, até que, aos 77 minutos, Otávio, após um choque com Hermoso, teve de sair de maca e com um colar cervical. Quatro minutos depois, Taremi foi expulso ao ver o segundo amarelo por simulação na área madrilena.
E aos 90+1’, num lance confuso, Mario Hermoso colocou o Atlético de Madrid a vencer, após o remate ser prensado em João Mário e trair Diogo Costa. Contudo, aos 90+6’, o defesa “borrou a pintura” ao cometer uma grande penalidade ao tocar com o braço na bola. Uribe assumiu a marcação e restabeleceu a igualdade. Mas, aos 90+11’, no último lance, na sequência de um canto, Witsel desviou ao primeiro poste e Griezmann apareceu livre de marcação na zona do segundo poste e cabeceou para o fundo das redes da baliza portista.
Sem pontos e de coração ferido, o desaire não apaga a competência dos homens de Sérgio Conceição, visivelmente frustrados no último adeus ao relvado. Que cruel é este tão bonito desporto…
???????çã? ???????: Grande exibição do FC Porto, no geral. Irrepreensível taticamente e claramente merecia ter saído com, pelo menos, um ponto de Madrid, mas um golo para lá dos descontos impediu que tal acontecesse.
Pepe imperial na defesa, Uribe, Eustáquio e Otávio sempre com critério e praticamente irrepreensíveis no meio-campo Galeno, irreverente, a desequilibrar na esquerda e a criar várias oportunidades de golo que ninguém soube aproveitar.
Um Atlético de Madrid igual a si mesmo. Bem organizado defensivamente, com Oblak a defender tudo o que podia e a tentar ferir no contra-ataque.
???? ??: Jan Oblak. Esteve em dúvida para o jogo, mas conseguiu recuperar da lesão e fez uma exibição de alto nível. O guardião esloveno defendeu tudo o que podia. No penálti, mostrou ser humano, ao não conseguir defender o remate de Uribe, apesar de ainda ter tocado na bola. Quando se tem um guarda-redes assim, ganhar jogos fica mais fácil.
?????? ?? ????: Mehdi Taremi. Não havia necessidade, Taremi. Com o FC Porto por cima do jogo, o avançado iraniano tentou arrancar uma grande penalidade e acabou expulso, ao ver o segundo amarelo, num momento bastante importante para o desfecho da partida. A este nível, lapsos como este custam muito caro.
Resultado extremamente injusto para aquilo que o FC Porto fez!