Esta terça-feira, uma plataforma de nove organizações de professores vai realizar uma greve nacional e duas duas manifestações para reivindicar os seis anos, seis meses e 23 dias de tempo de serviço prestado e não pago.
Esta já é uma reivindicação antiga, mas que hoje tem um simbolismo especial, uma vez que o dia de hoje, 6 de maio de 2023, coincide com o tempo de serviço que os professores reclamam já há vários anos.
Estão convocadas manifestações para a capital e para o Porto, e ainda greves para a época de exames nacionais e avaliações finais.
A luta entre os sindicatos e ministério da Educação tem vindo a escalar nas últimas semanas, em especial entre a tutela e a Federação Nacional dos Professores (Fenprof), com acusações mútuas.
As greves já começaram no ano de 2022 com o Sindicato de Todos os Profissionais de Educação (STOP), e o ministro da Educação já chamou a atenção para o facto de estas greves e paralisações estarem a prejudicar os alunos.
Segundo informações da Agência Lusa, o ministro João Costa defendeu que as greves aos exames e avaliações estão a colocar em perspetiva a escola pública.
“Estamos a chegar a um momento em que os que estão a ser mais prejudicados são aqueles que dependem mesmo da escola pública, são os que não têm dinheiro para pagar explicações, são os que não têm outros estímulos. É a essência da escola pública que está a ser posta em causa por estas greves sucessivas”, assinalou João Costa.
Em resposta, a Fenprof
Acusa o Governo de se o único culpado destas greves e paralisações, uma vez que o que está me causa é a falta de investimento do governo e de outros na escola pública.
A greve de hoje e a prevista para os exames e avaliações foram convocadas pela plataforma de nove organizações: Associação Sindical de Professores Licenciados (ASPL), Federação Nacional dos Professores (Fenprof), Federação Nacional da Educação (FNE), Pró-Ordem dos Professores (Pró-Ordem), Sindicato dos Educadores e Professores Licenciados (Sepleu), Sindicato Nacional dos Profissionais de Educação (Sinape), Sindicato Nacional e Democrático dos Professores (Sindep), Sindicato Independente dos Professores e Educadores (SIPE) e Sindicato Nacional dos Professores Licenciados pelos Politécnicos e Universidades (Spliu).
Imagem: Renascença