GNR intercetou suspeito de atear incêndio
A GNR informou esta segunda-feira ter intercetado um homem, com cerca de 40 anos, suspeito de ter ateado, no domingo, um incêndio florestal em Fajões, no concelho de Oliveira de Azeméis, distrito de Aveiro. “Os populares sinalizaram um indivíduo que ateou um pequeno incêndio em São Marcos, em Fajões, que foi extinto logo ali no local”, disse à Lusa o tenente Gonçalo Ribeiro, do Comando Territorial de Aveiro da GNR. O responsável referiu que a GNR conseguiu intercetar o homem e entregá-lo à Polícia Judiciária (PJ).
“Embora tenha sido apanhado em flagrante delito, o indivíduo não foi detido. Foi constituído arguido e restituído à liberdade”, adiantou a mesma fonte. Contactada pela Lusa, fonte da diretoria do Norte da PJ disse que até ao momento não teve qualquer informação de que tenha sido detido ou constituído arguido alguém em Oliveira de Azeméis, confirmando apenas que estão a investigar o caso.
Fontes oficiais da GNR e da PJ disseram ainda não ter conhecimento de que tenha sido detido um suspeito de ter ateado o incêndio florestal em Vale de Cambra, no norte do distrito de Aveiro.
O secretário de Estado da Administração Interna informou no domingo que as autoridades tinham detido em flagrante delito o presumível autor do fogo que deflagrou às 07h15 de domingo na zona de Macieira de Cambra, em Vale de Cambra.
Segundo Jorge Gomes, que falava à RTP, no posto de comando instalado no concelho vizinho de Arouca, o homem foi “entregue de imediato à Polícia Judiciária”. As centenas de incêndios que deflagraram no domingo, o pior dia de fogos do ano segundo as autoridades, provocaram pelo menos 36 mortos e dezenas de feridos, além de terem obrigado a evacuar localidades, a realojar as populações e a cortar o trânsito em dezenas de estradas. O primeiro-ministro, António Costa, anunciou que o Governo assinou um despacho de calamidade pública, abrangendo todos os distritos a norte do Tejo, para assegurar a mobilização de mais meios, principalmente a disponibilidade dos bombeiros no combate aos incêndios. Portugal acionou o Mecanismo Europeu de Proteção Civil e o protocolo com Marrocos, relativos à utilização de meios aéreos.
Esta é a segunda situação mais grave de incêndios com mortos este ano, depois de Pedrógão Grande, no verão, um fogo que alastrou a outros municípios e que provocou 64 mortos e cerca de 250 feridos.