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Cidade do Porto

Em elaboração projecto para salvaguardar Quinta de Salgueiros

A Câmara do Porto está a elaborar um projecto para a salvaguarda da Quinta de Salgueiros, propriedade municipal há anos ao abandono, adiantou hoje à Lusa a autora de uma petição pública para a sua reabilitação.

Em declarações à Lusa, Ana Alves de Sousa revelou que elaborou uma petição a apelar à “salvaguarda, classificação e reabilitação” da quinta que conta já com 1.050 assinaturas e que hoje foi entregue ao vice-presidente, Filipe Araújo, que deixou a garantia de uma “vasta equipa multidisciplinar” estar já a elaborar um projeto para esse fim.

Ana Alves de Sousa, familiar dos antigos proprietários desta propriedade, referiu que o autarca, na reunião desta tarde, afirmou estar “ciente do valor” do património, adiantando-lhe que a quinta vai ser vedada e limpa em breve.

Os caminhos vão ser recuperados para permitir a circulação e, quanto à casa e capela da quinta, apesar de ainda não estar prevista uma intervenção, estão todos os elementos arquitetónicos “devidamente identificados” para possibilitar uma futura intervenção, explicou.

“Foi acordada uma colaboração entre a câmara, equipa do projecto e elementos da Família Mesquita Ramalho contribuindo, deste modo, para a desejada recuperação deste património que se deseja aberto a todos os portuenses”, sustentou Ana Alves de Sousa.

A petição salienta a “excecionalidade” da quinta e caracteriza-a como um “exemplo” das quintas dos arrabaldes da cidade do Porto.

“A Quinta de Salgueiros com a sua casa, capela, fontes, tanques e lindíssimo jardim — restaurada e requalificada- deverá ser fruída por todos os portuenses e, em especial, pelos habitantes das Antas, uma zona da cidade onde cada vez mais se anseia pela calma de um espaço verde qualificado”, sustenta.

Viveram e frequentaram esta quinta “portuenses ilustres e personalidades marcantes” da vida nacional pelo que este local, para além de um evidente interesse arquitetónico, tem ainda um inegável valor histórico e cultural, refere.

O documento considera que restaurada e aberta ao público como espaço cultural e de lazer, a quinta valorizará “de forma inequívoca” a cidade do Porto e será motivo de orgulho para todos os portugueses e, em especial, para todos os portuenses.

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