O incêndio que ocorreu na madrugada desta quinta-feira num equipamento instalado num gabinete técnico do bloco operatório de braquiterapia, situado no quarto andar do edifício central do IPO do Porto, terá tido origem num curto-circuito de uma consola, segundo declarou o presidente do conselho de administração daquela unidade de saúde, Laranja Pontes.
O fogo deflagrou no mesmo piso onde está instalado o bloco operatório central do IPO que não sofreu qualquer dano. Os oito doentes internados numa enfermaria adjacente ao bloco de braquetearia foram retirados por uma questão de precaução e porque havia muito fumo negro em toda aquela zona.
Para além da consola que ficou queimada, há outros equipamentos que foram atingidos pela água usada pelos bombeiros no combate às chamas que deflagram pelas 5h45 desta quinta-feira.
O local onde o incêndio teve origem é usado para tratamento específico de radiações e deverá estar fechado até à próxima segunda-feira. Esta é a previsão do presidente do conselho de administração do IPO do Porto que afirma que os serviços estão ainda a fazer uma avaliação dos estragos que terão afectados também computadores e que obriga a uma profunda limpeza do sistema de ar condicional devido ao fumo que se acumulou no quarto andar.
“Estamos a avaliar o que é que aconteceu aos outros equipamentos e penso que esse trabalho estará concluído até ao final do dia de hoje”, admitiu Laranja Pontes, garantindo que as cirurgias serão retomadas na próxima segunda-feira.
Ao PÚBLICO, o administrador do Instituto Português de Oncologia do Porto disse estarem assegurados eventuais tratamentos de doentes desta unidade em outros institutos do país e até mesmo em prestadores privados.
O incêndio levou cerca de duas horas a ser extinto e o plano de emergência funcionou eficazmente. No combate às chamas estiveram 12 bombeiros e ninguém sofreu quaisquer ferimentos.