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A noite trágica do Teatro Baquet que vitimou mais de cem pessoas

No lugar onde hoje se ergue o Hotel Teatro, na baixa do Porto, existiu uma mas mais belas salas de espetáculos da cidade, que abrilhantou a segunda metade do Século XIX: o Teatro Baquet.

Mandado construir pelo alfaiate portuense António Pereira Baquet, em 21 de Fevereiro de 1858, foi estreado com um baile de Carnaval, em 13 de Fevereiro do ano seguinte.

Destruído por um incêndio que causou mais de uma centena de mortos na noite de 20 de Março de 1888, perderam a vida nesta tragédia mais de uma centena de pessoas, entre as quais se encontravam, além de gente anónima e de algumas pessoas cujos apelidos de família fazem parte da história da cidade, a famosa mulher homem da Granja do Tedo, uma lendária figura feminina que alimentou a maledicência da cidade antes de se transformar na respeitável esposa e mãe de uma conhecida família portuense.

A ocorrência do incêndio viu-se envolta em polémica, mormente na avaliação da sua causa, sendo alegada a falta de segurança do edifício e a demora no socorro por parte dos bombeiros.

A fazer fé nos depoimentos das testemunhas da tragédia, registados pela imprensa da época, a origem do fogo estaria na queda de uma gambiarra, que incendiou o pano de boca e o palco e logo se propagou a toda a sala, semeando o pânico e a morte entre os espetadores e o pessoal do teatro que não conseguiram alcançar as portas de saída e salvar-se.

Atual fachada do Hotel Teatro, onde se situava o Teatro Baquet

Como é que esta funesta gambiarra saiu do seu lugar e se deslocou tão depressa, desde o meio da sala até à boca do palco, eis dois mistérios que nunca foram explicadas…

Monumento às vítimas do incêndio do Teatro Baquet, no cemitério de Agramonte

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