Aeroporto de Sá Carneiro sem problemas por ser abastecido por via direta

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O Aeroporto do Porto não está a sentir os efeitos da greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, dado ser abastecido por “pipeline” diretamente da Refinaria de Leça da Palmeira, em Matosinhos.

“O aeroporto é abastecido por via direta, por canais próprios da refinaria, e não por via terrestre”, vincou fonte da Petrogal à Lusa.

Ao contrário do Porto, o Aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, ficou sem abastecimento de combustível às 12:00, tendo cerca das 19:30 oito camiões cisterna que abasteceram na Companhia Logística de Combustíveis (CLC), em Aveiras de Cima, concelho de Azambuja, saído em direção ao aeroporto, escoltados pela GNR.

Já o Aeroporto de Faro atingiu as reservas de emergência, estando o fornecimento de combustível suspenso pelas empresas petrolíferas desde segunda-feira à noite.

A agência Lusa tentou contactar a ANA – Aeroportos de Lisboa para perceber se algumas companhias aéreas estão a aproveitar as escalas no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na Maia, distrito do Porto, para abastecer, mas sem sucesso.

A greve nacional dos motoristas de matérias perigosas, que começou às 00:00 de segunda-feira, foi convocada pelo Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas (SNMMP), por tempo indeterminado, para reivindicar o reconhecimento da categoria profissional específica.

Após a requisição civil, os militares da GNR mantiveram-se de prevenção em vários pontos do país para que os camiões com combustível pudessem abastecer e sair dos parques sem afetarem a circulação rodoviária.

Gerou-se a corrida aos postos de abastecimento de combustíveis provocando congestionamento nas vias de trânsito.

O Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) apelou aos cidadãos para que deem prioridade aos veículos de emergência médica nos postos de abastecimento, explicando que todas as viaturas foram atestadas de manhã.

Os ministros da Administração Interna e do Ambiente e da Transição Energética declararam hoje a “situação de alerta”, implementando medidas excecionais para garantir os abastecimentos.

Esta situação de alerta para o período compreendido entre hoje e até às 23:59 do dia 21 de abril, segundo uma nota do Governo enviada à Lusa, determina a “elevação do grau de prontidão e resposta operacional por parte das forças e serviços de segurança e de todos os agentes de proteção civil, com reforço de meios para operações de patrulhamento e escolta que permitam garantir a concretização das operações de abastecimento de combustíveis, bem como a respetiva segurança de pessoas e bens”.

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