«Estou de consciência tranquila», diz homem acusado de agredir o avô no Porto

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Um homem de 34 anos acusado de roubar o avô octogenário e de o maltratar disse em tribunal que todas as imputações que lhe fazem são “mentira”.

“Estou de consciência tranquila. Fiz o melhor que pude. Tudo o que está na acusação é mentira”, afirmou o arguido perante um coletivo de juízes do tribunal criminal de São João Novo, no Porto.

egundo o Ministério Público (MP), o arguido, que está acusado de um crime de maus tratos e outros de furto qualificado, eximiu-se sempre à “responsabilidade moral e jurídica” que tinha assumido de cuidar do ofendido. Ao invés, ter-lhe-à subtraído, desde abril de 2015 e ao longo de dois anos, os montantes que a Segurança Social lhe pagava, 497,24 euros mensais a título de pensão de velhice, e 184,37 mensais relativos a pensão de sobrevivência.

Em resultado da conduta do arguido, os fornecimentos de água e luz à casa do idoso foram cortados por falta de pagamento, o mesmo sucedendo com o fornecimento de refeições ao domicílio, um serviço que era prestado pelo Centro Social e Paroquial de Cedofeita, ainda segundo o MP.

A técnicos do Serviço Social, o ofendido ter-se-à queixado de nada ter comido ao longo de um dia e de dores no estômago.

“Ia sempre a casa dele e nunca o deixei com fome”, contrapôs o arguido.

Segundo o MP, face ao agravamento dos seus problemas de saúde do idoso, foi emitido mandado para ser internado compulsivamente. Mas, nada data prevista para esse internamento, a 11 de abril de 2017, o idoso não estava em casa.

As autoridades encontraram-no dois dias depois, em casa do neto.

Quando finamente foi para um lar, no Caramulo, distrito de Viseu, estava já muito débil e morreu pouco depois, a 29 de abril de 2017, tinha então 88 anos.

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