Centro Histórico do Porto com novo plano de gestão

Centro Histórico do Porto com novo plano de gestão post thumbnail image

O Centro Histórico do Porto tem um novo Plano de Gestão e Sustentabilidade que prevê a atração de novos residentes, a continuidade na reabilitação do edificado, a promoção dos modos suaves de transporte, em convivência com o investimento e o turismo e com articulação institucional.

O plano foi apresentado na manhã desta quarta-feira pelo arquiteto Rui Losa, coordenador do Plano de Gestão e Sustentabilidade do Centro Histórico do Porto, Ponte Luiz I e Mosteiro da Serra do Pilar. O objetivo é projetar um centro histórico vocacionado para a nova realidade do turismo mas sem esquecer os seus residentes, promovendo a atração de novos moradores numa regeneração contínua. Na apresentação, Rui Losa destacou essa necessidade: a de salvaguardar o património material mas também o imaterial.

O novo plano defende ainda “um comércio ativo e autêntico, com turistas e visitantes, com modos de mobilidade ambientalmente sustentáveis, com utentes não residentes, de todo o Porto e urbe metropolitana”.

Agora a aposta é que, a par da criação de unidades de alojamento turístico, se promova a habitação com rendas acessíveis e programas de realojamento assim como residência de estudantes. “O Centro Histórico está envelhecido e queremos que seja rejuvenescido com equipamentos a vários níveis para a terceira idade mas também infantários”, diz Rui Losa.

Quanto ao património construído, o plano defende a contínua requalificação, salvaguardando a sua topografia em socalco e densa edificação. E o cuidado no restauro, nomeadamente ao nível do quinto alçado e coberturas de forma a não alterar a famosa “cascata cénica”. O município, entre 2016 e 2020, exerceu o direito de preferência de 17 edifícios na área classificada pela Unesco e 12 na zona tampão.

O plano de gestão para os próximos dez anos quer um Centro Histórico quase exclusivo aos meios suaves e à circulação pedonal e Rui Losa diz ser “urgente” intervir no tabuleiro inferior da Ponte Luís I porque “a carga de transeuntes faz com que seja preocupante a segurança”.

Related Post