O presidente do Futebol Clube do Porto, neste domingo passado, voltou a criticar o Governo por não autorizar a presença de adeptos em eventos desportivos em Portugal, pedindo até mesmo a demissão de alguns responáveis pela gestão da pandemia.
Em declarações ao Porto Canal, o líder do clube, concluiu que, “ver estádios quase com metade da capacidade ocupada, em jogos estrangeiros, para os estrangeiros, e os portugueses não podem, às vezes estar em aglomerações maiores do que se estivessem lá dentro”.
Pinto da Costa, antes do início do jogo de basquetebol entre FC Porto e Sporting, lamentou o facto de o acesso dos adeptos aos recintos continuem fechados, apesar de, no sábado, cerca de 15 mil adeptos terem assistido, no Estádio do Dragão, a final da Liga dos Campeões, entre o Chelsea e Mancherster City.
“É uma tristeza, um jogo importante que merecia casa cheia e está vazia. Temos as bancadas sós, sem qualquer pessoa, o que é lamentável e incomprrensível. Ontem [sábado] tive a oportunidade de dizer ao senhor ministro da Educação que eles estavam a ser os coveiros do desporto português e, mais do que coveiros, estão a dar um exemplo de – vou ser aqui muito moderado – um exemplo de cretinice.
“Perguntei ao senhor ministro se ele compreendia como é que um jogo decisivo do basquetebol não podia ter ninguém a assistir e ontem [sábado] e anteontem [sexta-feira], no Pavilhão Rosa Mota, que é um recinto fechado, estiveram 2500 pessoas aglomeradas, a ver uma espetáculo de música. Ele não me soube responder,” revelou o presidente sobre a conversa que teve com Tiago Brandão Rodrigues, Ministro da Educação.
Pinto da Costa apontou ainda, que com a realização da final da ‘Champions’, toda a situação “é lamentável”.
“Houve uma final da Liga dos Campeões onde foi possível ter gente, com dois clubes ingleses, com público inglês, que é tendencialmente perigoso, e onde não houve o mínimo incidente no estádio. Mas da parte do Governo há um atestado de mediocridade ao povo português, porque os estrangeiros podem vir para aqui para os nossos estádios, mais de 15000 pessoas, mas se forem os portugueses, não pode vir ninguém,” critocou.
De modo a finalizar o assunto, deixa uma última critíca aos responsáveis pela gestão da pandemia do COVID-19, onde deixa “um conselho ao senhor primeiro-ministro António Costa: demitam-nos ou, se não é capaz, demita-se o senhor”.
FONTE: Multinews