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“Há que perceber que estamos a ter um botellón como nunca tivemos na cidade do Porto”

O candidato independente à presidência da Câmara do Porto Rui Moreira defendeu hoje um reforço do policiamento na zona da ‘movida’, alertando que fenómeno do ‘botellón’ regressou à cidade por conta do desconfinamento.

“A DGS [Direção-geral da Saúde] tem de se articular com o Ministério da Administração Interna e com o comando da polícia. (…) Há que perceber que estamos a ter um botellón como nunca tivemos na cidade do Porto”, alertou numa arruada que começou no Centro Histórico e passou pela Ribeira e a zona de Miragaia.

Sem quer comentar a decisões da DGS sobre a reabertura do setor, o independente, que se recandidata um terceiro mandato nas eleições de 26 de setembro, salientou que o fenómeno do ‘botellón’ – que era um problema no Porto há “seis ou sete anos” – regressou por conta do desconfinamento, o que impõe que sejam tomadas de medidas que “salvaguarde os direitos dos outros cidadãos”.

“E não venham dizer que não se pode vender álcool a partir de uma determinada hora. O que é facto é que se andarem na rua daqui a umas horas, verificarão consumo de álcool na rua”, afirmou o atual presidente da Câmara do Porto, que falava aos jornalistas na zona da Reitoria da Universidade do Porto.

O candidato pelo Movimento “Aqui Há Porto” à Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, durante uma ação de campanha para as eleições autárquicas no bairro de São Tomé, em Paranhos, no Porto, 20 de setembro de 2021. No próximo dia 26 de setembro mais de 9,3 milhões eleitores podem votar nas eleições autárquicas para eleger os seus representantes locais. ESTELA SILVA/LUSA

Sublinhando que a zona em causa tem sido motivo de preocupação, Rui Moreira revelou que tinha já, há várias semanas, escrito ao Ministro da Administração Interna, alertando para o crescimento desta pressão no espaço público.

“Nós compreendemos aquilo que as autoridades de saúde decidem e compreendemos que tenha de ser assim, não me compete a mim avaliar. A verdade é que a ser assim nós precisamos de mais elementos policiais”, disse, dando como exemplo a zona das Virtudes, que “tem sido um problema todas as noites”.

“Nós tivemos uma altura em que aquilo esteve inclusivamente gradeado. Mas nós não podemos gradear a cidade. Das duas uma: ou se permite que esses espaços (…) reabram com condições (…) ou então precisamos de medidas por parte do Ministério da Administração Interna e por parte da PSP”, reiterou, salientando que este não é um papel que a autarquia possa assumir.

Desde 23 de agosto até 30 de setembro, Portugal continental encontra-se na fase 2 de desconfinamento, estando prevista para outubro a terceira e última fase com o levantamento da maioria das medidas de restrição, nomeadamente o livre acesso a bares e discotecas, mediante apresentação de Certificado Digital ou de um teste com resultado negativo.

Concorrem à Câmara do Porto Rui Moreira (movimento independente “Rui Moreira: Aqui há Porto” – apoiado por IL, CDS, Nós Cidadãos, MAIS -, Tiago Barbosa Ribeiro (PS), Vladimiro Feliz (PSD), Ilda Figueiredo (CDU), Sérgio Aires (BE), Bebiana Cunha (PAN), António Fonseca (Chega), Diogo Araújo Dantas (PPM), André Eira (Volt Portugal), Bruno Rebelo (Ergue-te), Diamantino Raposinho (Livre).

Por: LUSA

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