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Boavista FC 1-1 CS Marítimo | Crónicas da Bola

O Boavista FC empatou a uma bola com o CS Marítimo!

No Boavista, Petit, relativamente à goleada sofrida em Famalicão, fez quatro alterações: César, Robson Reis, Kenji Gorré e Róbert Boženík deram lugar a Bracali, Ricardo Mangas, Salvador Agra e Yusupha Njie, respetivamente. A equipa axadrezada apresentou-se no seu habitual 3-4-3, com Bruno Onyemaechi a ser o central mais à esquerda e com Ricardo Mangas a fazer toda a ala esquerda.

No Marítimo, João Henriques, relativamente à derrota caseira com o Casa Pia AC, efetuou duas alterações: Moises Mosquera cedeu o lugar a Rafael Brito, enquanto Vítor Costa, castigado, cedeu o lugar a Fábio China. Os insulares também se apresentaram num 3-4-3, com Rafael Brito e João Afonso, ao lado de Léo Andrade no eixo central defensivo.

A partida começou num bom ritmo. O Boavista entrou mais agressivo (no bom sentido) e teve logo um golo anulado, aos 3 minutos, por intermédio de Yusupha Njie, mas o lance foi alvo de VAR e acabou por ser anulado por fora-de-jogo, já que Ricardo Mangas estava adiantado no início da jogada.

O Marítimo reagiu com Cláudio Winck, que rematou fortíssimo, mas a bola saiu a rasar a barra da baliza defendida por Bracali. Seria um golaço! Aos 9 minutos, Bruno Lourenço rematou em jeito, a tentar picar a bola sobre Trmal, mas acertou na trave.

Os minutos iniciais da partida até nos fizeram esquecer de como anda a jogar este Marítimo, mas a realidade não se escondeu por muito mais tempo. Oito derrotas seguidas, dois treinadores, exibições fracas, um saldo de golos bastante negativo (5 golos marcados e 24 sofridos antes desta partida) e os últimos 20/25 minutos da primeira parte foram o espelho desses fatores. Os comandados de João Henriques começaram a ficar muito nervosos, faltas de atenças, várias perdas de bola e, principalmente, muito pouco futebol.

O Boavista aproveitou isso para defender de forma praticamente tranquila e para explorar as imensas fragilidades defensivas do adversário. Assim, o golo da turma de Petit surgiu de forma natural, com Ricardo Mangas a fazer um passe de muitos metros e a variar o jogo para a direita, onde apareceu Pedro Malheiro, que teve tempo e espaço para ir à linha e cruzar de forma exímia para a cabeça de Sebastián Pérez, que apareceu completamente sozinho na pequena área e cabeceou para o 1-0. Muita passividade da defesa maritimista.

Seguiram-se duas boas oportunidades para os axadrezados. Primeiro, por Salvador Agra, num grande lance individual, atirou por cima. Depois, Yusupha perdeu o 2-0 completamente isolado (defesa de Trmal e, na recarga, Bruno Lourenço atirou ao lado), depois de João Afonso ter perdido a bola de forma amadora. O Marítimo respondeu através de um falhanço de André Vidigal, que atirou por cima em grande posição, após um grande cruzamento de Fábio China.

Ao intervalo, o resultado era justo, já que foi o Boavista quem teve as oportunidades de maior perigo. Os axadrezados até começaram mal, vendo o Marítimo ter mais bola e mais iniciativa, mas numa das primeiras oportunidades não desperdiçaram.

Na segunda parte, o Boavista começou melhor e até dava a impressão que os axadrezados iam acabar por fazer o 2-0 mais cedo ou mais tarde, tendo em conta a facilidade com que os laterais da equipa visitante eram ultrapassados.

Só que depois veio o erro de Seba Pérez, a magia de Bruno Xadas e André Vidigal. O médio do Boavista (até então um dos melhores em campo) foi displicente, falhou a receção e perdeu a bola para André Vidigal, que trabalhou com Bruno Xadas de forma perfeita e o extremo ficou na cara de Bracali para finalizar. Apesar do domínio e frieza de André Vidigal, o destaque tem de ir para o passe magistral de Bruno Xadas! Estava feito o empate, aos 56 minutos.

O golo sofrido afetou claramente a equipa do Boavista, que só não ficou a perder pouco depois porque Joel Tagueu acertou na barra na marcação de uma grande penalidade, cometida por Makouta (mão na bola), depois de um remate de Rafael Brito.

O penálti falhado até acordou o Boavista, que voltou a carregar na área do Marítimo, tendo mesmo criado alguns lances de algum perigo junto da baliza de Trmal, mas o empate permaneceu no marcador até ao fim do jogo.

Resultado justo. Foi um grande jogo no Bessa, com os axadrezados e os insulares a estarem sempre com os olhos postos na vitória e na baliza contrária. O Boavista teve as melhores oportunidades na primeira parte, enquanto o Marítimo dispôs das melhores ocasiões na segunda. Os maritimistas ainda não venceram, mas este segundo tempo mostrou a João Henriques que a equipa tem qualidade para mais. A meu ver, nenhuma das equipas merecia perder, portanto o empate ajusta-se.

Com este empate, o Boavista soma agora 16 pontos e está no quinto lugar da tabela classificativa. Já o Marítimo somou o primeiro ponto no campeonato, mas continua em último lugar.

???? ??: André Vidigal. Apesar de ter desperdiçado uma ocasião flagrante na primeira parte, o extremo tabelou com Bruno Xadas e ambos protagonizaram o golo que deu o empate aos insulares, que conquistaram assim o seu primeiro ponto no campeonato.

?????? ?? ????: Joel Tagueu. O avançado maritimista falhou a grande penalidade que daria a vantagem e, provavelmente, a vitória à sua equipa. É a segunda vez que acerta nos ferros na marcação de uma grande penalidade, sendo que já são vários os remates ao poste/barra que Joel Tagueu tem nesta temporada, que tem sido para esquecer para um dos bons avançados do nosso campeonato.

Resultado justo no Bessa!

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