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Metrobus do Porto vai manter ciclovia no troço poente da Boavista

Joana Barros apresentou hoje, na Universidade Católica, “a definição do que será a ciclovia que será formalizada tal como existe hoje, mas a par do canal ‘metrobus’, e que manterá a ligação à ciclovia existente junto ao [liceu] Garcia de Orta”.

“Permitirá a ligação em dois pontos ao Parque da Cidade, e fará também a ligação à marginal de Matosinhos e à marginal do Porto”, disse também a arquiteta responsável pelo projeto do ‘metrobus’.

O ‘metrobus’ é um serviço de autocarros a hidrogénio que circulará em canal dedicado na Avenida da Boavista e em conjunto com o restante tráfego na Marechal Gomes da Costa e custará 66 milhões de euros, totalmente financiados a fundo perdido pelo Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

O novo meio de transporte terá serviços similares ao do Metro do Porto entre a Casa da Música e a Praça do Império, bem como entre Casa da Música e a Anémona (Praça Cidade do Salvador, em Matosinhos), tendo as obras do primeiro troço já arrancado no final de janeiro.

Mais à frente na sessão de esclarecimento de hoje, Joana Barros disse que a ciclovia “não vai ser coincidente com o canal do ‘metrobus’, vai ser paralelo e completamente independente, e segregado”.

“A independência desses três fluxos – rodoviário, ‘metrobus’ e ciclovia – está garantida, não é de traçado partilhado”, assegurou, embora, noutro ponto da discussão, o diretor de comunicação da Metro do Porto, Jorge Afonso Morgado, tenha referido uma possível convivência.

“Veremos, no futuro, se houver um entendimento de quem deve decidir sobre essas matérias, se o corredor ‘metrobus’ pode ser utilizado por bicicletas. Não sabemos. Não é um tema nosso nesta fase”, disse.

No dia 01 de março, Joana Barros tinha dito quee havia a intenção de implementar uma ciclovia no remanescente da Avenida da Boavista [troço nascente, até à Rotunda da Boavista], mas não foi “possível, fisicamente, acrescentar mais área” à largura da avenida.

No entanto, em detrimento da ciclovia, manteve-se “o passeio pedonal com largura suficiente, a caldeira das árvores com largura regulamentar, os lugares de estacionamento ou de estacionamento de modos suaves, ou de cargas e descargas, as duas faixas de rodagem em cada sentido, mais o canal BRT [‘Bus Rapid Transit’, vulgo ‘metrobus’] e o alargamento que as estações provocam”.

Já relativamente à ausência de uma via dedicada na Avenida Marechal Gomes da Costa, Jorge Afonso Morgado disse hoje que a Metro do Porto propõe “uma solução escalável, e que aquele que é um canal partilhado será uma questão de tempo até ser um canal exclusivo para o ‘metrobus'”.

“Não sabemos quando, claro que não, essas opções não dependem absolutamente da nossa decisão, apenas são opções da cidade. A solução é escalável, quer em termos de oferta, quer em termos de capacidade, quer em termos de canal”, concluiu.

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