Supremo reduz pena de prisão a jovem condenado em Gaia por violar septuagenária

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O Supremo Tribunal de Justiça reduziu de 22 para 19 anos a pena de prisão decidida em primeira instância a um jovem condenado por violar e tentar matar uma septuagenária, anunciou esta segnda-feira a Procuradoria-Geral Distrital do Porto (PGDP).

O jovem, de 25 anos, tinha sido condenado em março a 22 anos de prisão por violar e tentar matar uma mulher de 70 anos, em maio de 2017, em Avintes, Vila Nova de Gaia, tendo o Tribunal de Gaia condenado ainda o arguido ao pagamento de uma indemnização de 102 mil euros à vítima.

Na nota publicada na página sua página na Internet, a PGDP aponta que foi concedido “parcial provimento ao recurso interposto por um arguido, baixando para 19 anos a pena única de 22 anos de prisão pela prática dos crimes de homicídio qualificado na forma tentada e de violação agravada”.

Ainda de acordo com a PGDP, sobre este caso ficou provado que o arguido “sem razão aparente ou motivo apurado, de surpresa, agarrou uma mulher de 70 anos de idade pelo pescoço e apertou-o com força até conseguir a sua imobilização”.

A acusação do Ministério Público descreveu que o jovem terá ainda usado “uma barra de ferro” para desferir na vítima “inúmeras pancadas em diversas partes do corpo, incluindo no crânio, na parede abdominal e torácica, espetando-lha ainda no pescoço”.

Aquando da decisão em primeira instância, o juiz recordou que a mulher, que correu perigo de vida, ficou com “graves sequelas”, nomeadamente com dificuldades de locomoção, de comunicação e de realizar as tarefas básicas do dia a dia.

Dizendo que a “gravidade e crueldade” dos factos é evidente, o magistrado explicou que para a decisão da pena de prisão pesou a “frieza” do jovem, que usou um “meio insidioso” para a atacar e mostrou desprezo pela condição humana e pela idade. Estes crimes causam “repulsa, indignação e grande alarme social”, afirmou o presidente do coletivo.

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