Serão dois anos e meio de obras para construir a linha Rosa no subsolo do Porto. A ligação entre S. Bento e a Casa da Música representa um investimento de 173 milhões de euros e, tal como o prolongamento da linha Amarela, deverá estar em construção no terreno no segundo semestre do próximo ano, de acordo com as expectativas da Empresa do Metro.
O estudo de impacto ambiental, em discussão pública até ao dia 14 de dezembro, antecipa desde já um período difícil durante as obras, com “interdição de áreas significativas”. A circulação rodoviária deverá sofrer fortes constrangimentos em zonas como a Rua 31 de Janeiro, Praça da Liberdade, Rua dos Clérigos, Rua Júlio Dinis, a Avenida de França ou a Praça da Galiza. Mas também a fruição de espaços públicos como o Jardim do Carregal será afetada. Ou não fosse precisamente sob aquele espaço verde que nascerá uma das quatro novas estações subterrâneas. As outras ficarão em S. Bento (em frente ao Palácio das Cardosas, por cima da linha Amarela), na Praça da Galiza (paralela à Rua Júlio Dinis) e na Casa da Música (no subsolo de um terreno vazio paralelo à Avenida de França). Neste caso ficará já pronto um cais para uma futura segunda linha de Gaia. “É consensual que uma nova ligação Porto-Gaia faz sentido”, explicara já ao JN o presidente da Empresa do Metro, Jorge Delgado.
MENOS NOVE MIL CARROS
O estudo de impacto ambiental sublinha que os impactos negativos da empreitada surgirão, sobretudo, durante as obras de construção, mas que os aspetos positivos decorrentes da concretização do projeto sobrepõem-se.
A análise custo-benefício à futura linha Rosa, que o JN revelou, indica que o traçado vai retirar mais de nove mil carros por dia do centro do Porto, no primeiro ano de operação (2022).
artigo JN