Portugal retomou esta segunda-feira a vacinação contra a Covid-19 com a vacina da AstraZeneca. A decisão foi anunciada em conferência de imprensa conjunta com o diretor do Infarmed, a diretora geral da saúde e o coordenador da task-force de vacinação.
O presidente do Infarmed, Rui Ivo, começou por revelar que os peritos fizeram uma análise da vacina que mostra que “os benefícios são superiores aos riscos” e que “não há relação clara com os coágulos sanguíneos”.
O mesmo responsável referiu ainda que para além disto, “os docentes serão vacinados no fim de semana seguinte”. Ou seja, a 27 e 28 de março, adiantou o almirante Gouveia e Melo.
Graça Freitas, diretora geral da saúde, disse que a decisão de suspender a vacinação foi tomada por uma questão de “saúde pública e de precaução”. “Na dúvida fez-se uma pausa que como seu viu é facilmente recuperável, não vai impactar significativamente o esforço de vacinação”, adiantou.
O anúncio da retoma surgiu horas depois de a Agência Europeia do Medicamento (EMA) ter revelado que a vacina contra a covid-19 da AstraZeneca é “segura e eficaz” e “não está associada a um maior risco de coágulos sanguíneos”.
A diretora geral da saúde pediu aos portugueses que não recusem a vacina da AstraZeneca, ou qualquer outra. “O apelo que nós fazemos aos portugueses é que ponderem muito bem antes de recusar. A alternativa é ficarem desprotegidos de uma doença grave que pode ser letal”, alertou.