A Ministra Mariana Vieira da Silva diz que há condições para continuar o plano de desconfinamento, mas que são necessárias algumas cautelas.
O Governo anunciou esta sexta-feira o prolongamento das atuais regras em vigor no plano de desconfinamento e que só vai definir as regras após a Páscoa na próxima semana, no dia 1 de abril.
“O Governo hoje decidiu de forma eletrónica prorrogar o atual decreto até 05 de abril e decidir apenas quais são as regras a partir de 5 de abril no próximo dia 1 de abril, na próxima quinta-feira. Significa que vamos decidir com base em dados mais atuais e mais próximos da realidade nesse dia. Esta é uma decisão de cautela e de alerta quanto às condições que temos de garantir para poder prosseguir o plano de desconfinamento”, referiu a ministra da Presidência.
A ministra adiantou ainda que Portugal está neste momento com uma incidência acumulada a 14 dias de 67,7 casos por 100 mil habitantes e um índice de transmissão (Rt) de 0,81. Destacou ainda a continuidade da proibição de circulação entre concelhos que se encontra em vigor.
Quando questionada sobre possíveis alterações perante uma evolução negativa do numero de casos ou do índice de transmissibilidade do vírus, Mariana Vieira da Silva explicou que existem margens de atuação mesmo com a subida de um dos indicadores além dos máximos estabelecidos pelo governo: 120 casos por 100 mil habitantes e um Rt de 1.
“Há zonas verdes para lá do 1, quando as incidências estão muito baixas, e há zonas verdes acima de 120, quando o Rt é menor do que 1. Isso permite visualizar que com incidências muito baixas – e nós temos neste momento menos de 70 casos por 100 mil habitantes – temos mais margem de viver com pequenas alterações ao Rt do que se tivéssemos incidências grandes”, observou.
Contudo, caso a situação epidemiológica do pais cair para a “zona amarela” torna-se urgente rever o plano de desconfinamento. “Pode significar uma travagem total ou parcial, conforme os indicadores e a sua localização no território. Dissemos sempre que pode haver medidas locais ou regionais. É preciso ver que a evolução é positiva, mas também sabemos que, ao aproximarmo-nos do momento em que os casos começam a crescer, temos de ficar alerta”, concluiu.
É pedido aos portugueses que mantenham durante o período da Pascoa um de confinamento a conta-gotas e cauteloso para que todas as fases já programadas se realizem a partir de 5 de abril.
“Sabemos bem que o período de Páscoa é um período de tradicional reunião familiar, que as práticas de todos os portugueses são de ir ao encontro da sua família neste período. Mas essa não pode ser a regra nesta Páscoa”, disse Mariana Vieira da Silva, em conferência de imprensa após o Conselho de Ministros.
A grande prioridade do governo assenta no regresso dos alunos às escolas depois da Páscoa o que se encontra dependente da evolução da pandemia em Portugal.
Por fim, a ministra Mariana Vieira da Silva, admitiu que se fosse hoje o dia da decisão final que não haveria razoes para voltar atras no planeado visto que o Rt continua abaixo de 1 e a incidência permanece baixa.
Fonte: Diário de Noticias
