A Galp decidiu concentrar todo o trabalho de refinação e desenvolvimentos futuros em Sines e deste modo, descontinuar a refinação em Matosinhos.
A descontinuação da refinaria, tem como consequência o despedimento coletivo de cerca 150 trabalhadores.
“Fomos [comissão de trabalhadores] mandatados para levar a cabo qualquer iniciativa na defesa intransigente dos postos de trabalho”, explicou à Lusa, o dirigente do Sindicato dos Trabalhadores das Indústrias Transformadoras, Energia e Atividades do Ambiente (SITE) do Norte e da comissão de trabalhadores, Telmo Silva.
A Galp justificou a decisão de encerramento da refinaria de Matosinhos com base numa análise ao contexto europeu e mundial das operações de refinaria, bem como o fator sustentabilidade que acresce na avaliação da petrolífera.
O sindicalista Telmo Silva, afirmou que as conversas com o Ministério do Trabalho terminaram a semana passada e ficou claro que a Galp tenciona realizar um despedimento coletivo.
“Ao fim de quatro reuniões, a empresa mostrou nunca querer negociar, rejeitando todas as soluções apresentadas”, acrescentou Telmo Silva, adiantando que na terça-feira irá reunir com o ministro do Ambiente, em Lisboa, exigindo uma solução para os cerca de 150 trabalhadores.
A decisão de encerramento da refinaria foi tomada em 2020, e fez com que o foco da empresa se tornasse o complexo de Sines, num parque de energia verde.