“Não tiveram o cuidado de nos avisar” – Rui Moreira lamenta ter sabido da reativação dos radares na VCI pelos jornalistas

“Não tiveram o cuidado de nos avisar” – Rui Moreira lamenta ter sabido da reativação dos radares na VCI pelos jornalistas post thumbnail image

“Soube pelos jornais que a Infraestruturas de Portugal (IP) vai reativar os radares [na VCI], não tiveram o cuidado de nos avisar”, vincou durante a Assembleia Municipal do Porto, que decorreu na segunda-feira à noite.

O excesso de velocidade detetado pelos radares da VCI vai traduzir-se em multas nas “próximas semanas”, devido a novas condições técnicas para comunicar infrações às entidades competentes, revelou à Lusa fonte oficial da IP, na semana passada.

“Dentro de algumas semanas já estarão visíveis os novos sinais de alerta de excesso de velocidade [na VCI — Via de Cintura Interna]. A partir desse momento os radares estarão com todas as valências instaladas e operacionais”, referiu, apontando o início do registo para o fim de maio ou início de junho.

O excesso de velocidade detetado pelos radares da VCI não é penalizado há mais de dez anos, depois de os pórticos, instalados em 2003 pela Câmara do Porto, terem sido desativados em 2007. Em 2013, quando passaram para as mãos da IP, os radares voltaram a assinalar as infrações sem que tal se traduzisse em multas, pois os dados não eram comunicados às entidades competentes para o processamento de contraordenações.

Com as alterações em curso, correspondentes a um investimento de mais de 100 mil euros, passar nos radares da VCI em excesso de velocidade “pode dar direito a multa”, explicou a fonte da IP.

Rui moreira, que reconheceu o excesso de trânsito na VCI, referiu ter dados “impressionantes” de sinistralidade, nomeadamente de os carros acidentados demorarem cerca de três horas a serem retirados.

Defendendo a necessidade de ali aliviar o trânsito, o autarca revelou já ter falado com o ministro que o remeteu para a IP, entidade com a qual não consegue falar.

“Não se consegue mesmo falar (…) temos o tabuleiro inferior da ponte Luiz I cheio de buracos, qualquer dia cai e, mesmo assim, não conseguimos conversar”, frisou.

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