O Teatro Rivoli vai acolher-nos, já temos datas marcadas para 2018 e temos a certeza neste momento de, pelo menos, mais três edições garantidas em termos de financiamento”, explicou.
Segundo João Ferreira, o festival já conta com a garantia de financiamento do Ministério da Cultura e espera também a “renovação [por parte] da Câmara Municipal do Porto”.
“Em termos de protocolo com o Instituto de Cinema e Audiovisual (ICA), que irá ser assinado, garante-nos mais três edições”, afirmou o diretor do evento.
Quanto à programação da 3.ª edição, João Ferreira destacou “um programa especial”, com o ciclo intitulado “This is Me”, dedicado “às questões da autobiografia”, onde o “próprio realizador se retrata ou fala sobre a questão do autorretrato, o olhar para si mesmo”.
O diretor sublinhou ainda a presença do realizador norte-americano Peter Friedman no festival e na cidade do Porto, relembrando que o cineasta dará uma ‘masterclass’ na Faculdade de Belas Artes da Universidade do Porto.
“Vamos ter no Porto o Peter Friedman, que realizou o documentário ‘Silverlake Life: The View from Here’, que foi um dos documentários que, talvez por ser demasiado cru, demasiado explícito na altura que foi realizado, nos anos 1990, acabou por ser um bocadinho esquecido, e é de facto um dos filmes mais importantes que foram feitos sobre o impacto da epidemia do VIH/SIDA sobre as comunidades queer”, vincou.
João Ferreira deixou ainda o destaque para a competição do melhor filme de escola, que tem a particularidade de ser destinado a curtas-metragens de escolas portuguesas.
“Estamos a procurar investir no festival do Porto na apresentação de cinema português de jovens realizadores desta competição”, disse.
“The Wound”, a longa-metragem do sul-africano John Trengove, premiado no Frameline San Francisco International LGBTQ Film Festival e no LA Outfest, será exibido na quarta-feira, às 21:30, noite de abertura do Queer Porto.
O auditório Isabel Alves Costa, no Rivoli, recebe ainda como sessão especial o documentário “Les Vies de Thérèse”, do francês Sébastien Lifshitz, sobre Thérèse Clerc, “uma das mais ferozes ativistas francesas pelos direitos das mulheres e dos homossexuais”.
Na noite de encerramento, o programa conta com a estreia no Porto do filme “1:54”, do cineasta canadiano Yan England.
Na edição deste ano, o auditório Isabel Alves Costa acolhe toda a programação de cinema do festival, que este ano conta com 30 filmes de 19 países diferentes.