Porto vai ter centro de rastreio no Queimódromo para aliviar hospitais

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A cidade do Porto preparou o primeiro centro de rastreio para a doença CoVid-19 em modelo “Drive Thru” montado em Portugal. Destinado exclusivamente a pacientes suspeitos de infeção pelo coronavírus e previamente referenciados pelo SNS, terá a entrada controlada pela Polícia e apenas funcionará por marcação prévia junto das autoridades de saúde, devendo os cidadãos deslocarem-se ao local apenas à hora da sua marcação para evitar constrangimentos de trânsito e aglomerados de pessoas.

A Câmara do Porto, a Administração Regional de Saúde do Norte e a Unilabs montaram um centro de rastreio da Covid-19 junto ao Queimódromo, no Porto, com o objetivo de aliviar o afluxo de suspeitos da infeção aos hospitais.

Em comunicado, a autarquia explica hoje que, “no âmbito do esforço coletivo que Portugal está a fazer para combater a pandemia de Covid-19, a Unilabs Portugal abordou a Câmara Municipal do Porto e a Administração de Saúde do Norte (ARS-N) no sentido de saber do interesse da criação de um local dedicado à colheita de amostras para rastreio da doença, num modelo piloto em Portugal”, a funcionar em modelo “Drive Thru”.

O objetivo, esclarece o município, “é testar doentes fora de meio hospitalar, em condições de conforto e segurança coletiva, e aliviar o afluxo de potencias suspeitos portadores aos hospitais”. 

Estas três entidades conseguiram, nas últimas 72 horas, preparar o primeiro centro de rastreio para Covid-19 em modelo ‘Drive Thru’ montado em Portugal”.

Segundo a autarquia, este modelo permite aos pacientes suspeitos de infeção e previamente referenciados pelo Serviço Nacional de Saúde poder deslocar-se até ao ponto de recolha, montado no Queimódromo, no Porto, sem entrar em contacto com outras pessoas, reduzindo o risco de infeção em cada colheita até para os profissionais envolvidos.

Os resultados serão depois enviados diretamente ao suspeito e às autoridades de saúde pública.

O novo coronavírus responsável pela pandemia de Covid-19 foi detetado em dezembro, na China, e já provocou mais de 6.400 mortos em todo o mundo.

O número de infetados ronda as 164 mil pessoas, com casos registados em pelo menos 141 países e territórios, incluindo Portugal, que tem 245 casos confirmados. Do total de infetados, mais de 75 mil recuperaram.

O epicentro da pandemia provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) deslocou-se da China para a Europa, onde se situa o segundo caso mais grave, o da Itália, que anunciou no domingo 368 novas mortes e que regista 1.809 vítimas fatais.

O número de infetados em Itália, onde foi decretada quarentena em todas as regiões, é de quase 25 mil, praticamente metade dos cerca de 52 mil casos confirmados na Europa, que regista mais de 2.291 mortos.

Em Portugal, a Direção-Geral da Saúde (DGS) elevou hoje o número de casos de infeção confirmados para 245, mais 76 do que os registados no sábado.

Entre os casos identificados, 149 estão internados, dos quais 18 em unidades de cuidados intensivos, e há duas pessoas recuperadas.

Lisboa e Vale do Tejo é agora a região que regista o maior número de casos confirmados (116), seguida da região Norte (103) e das regiões Centro e do Algarve (10). Há um caso nos Açores e cinco no estrangeiro.

O boletim epidemiológico assinala também que, desde o início da epidemia, a DGS registou 2.271 casos suspeitos e mantém 4.592 contactos em vigilância, menos do que no sábado (5.011).

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