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Bebé nasce com anticorpos contra a Covid-19 depois da mãe ter sido vacinada

Uma mulher deu à luz um bebé com anticorpos contra o novo coronavírus. A mãe tinha recebido a primeira dose da vacina da Moderna três semanas antes. Ainda assim, os pediatras que acompanharam o caso dizem que são precisos mais estudos para verificar a eficácia das vacinas em mulheres grávidas.

A mãe do bebé trata-se de uma norte-americana, profissional de saúde e tem estado na linha da frente no combate à pandemia no Estado da Florida.

A mulher foi vacinada às 36 semanas de gestação com a primeira dose da vacina da Moderna, no fim de Janeiro. Três semanas depois da bebé ter nascido, as análises ao sangue revelaram que já tinha anticorpos contra a doença.

Os detalhes da descoberta são descritos num artigo que foi pré-publicado na plataforma MedRxiv e que está aguardar uma revisão dos pares para confirmar se este é de facto o primeiro caso deste tipo a ser conhecido, como disseram os pediatras que acompanharam este gravidez.

Nesse mesmo artigo, os médicos afirmaram que “demonstramos que os anticorpos  contra o SARS-CoV-2 são detectáveis ​​numa amostra de sangue do cordão umbilical de recém-nascidos depois de uma única dose da vacina da Moderna”. Acrescentaram que “Assim, existe potencial para que a proteção e redução do risco de infeção do SARS-CoV-2 possa ser alcançada com a vacinação das mães.” . Contudo, não esclareceram qual é o momento ideal para vacinar as mulheres grávidas. 

A par disto, afirmam que vão ser precisos mais estudos para saber qual a quantidade de anticorpos neutralizantes presentes em bebés nascidos de mães que não foram diagnosticados com covid-19 e que foram vacinadas antes do parto.

As grávidas e as crianças não estão ainda incluídas no plano de vacinação português contra a covid-19 porque ainda não há dados suficientes para recomendar a imunização destes grupos. No entanto, já há empresas farmacêuticas a incluí-los em ensaios clínicos.

A Pfizer e a BioNtech, por exemplo, vão iniciar um ensaio clínico com cerca de quatro mil mulheres para determinar a eficácia e a segurança da sua vacina contra o novo coronavírus, numa altura em que esta associação e a Moderna estão também a lançar testes em crianças a partir dos 12 anos.

Este ensaio, anunciado em meados deste mês, com mulheres grávidas prevê que sejam vacinadas durante a 24.ª à 34.ª semana de gestação. Cada mulher será seguida durante sete a dez meses. William Gruber, vice-presidente para a Investigação e Desenvolvimento Clínico de Vacinas da Pfizer esclareceu que “as mulheres grávidas têm um risco acrescido de complicações e de desenvolverem formas graves de covid-19 e é, por isso, crucial desenvolver uma vacina segura e eficaz para esta população”.

FONTE: Público

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