O jovem é António Laureano e é possível que tenha surfado a maior onda do mundo. Sobre o acontecimento, o surfista admitiu ter “a maior sorte de sempre”.
Foi quem abriu a temporada de ondas grandes na Nazaré, no dia 29 de outubro de 2020, e atirou-se em “tow in” (puxado por mota de água), a uma onda que terá atingido cerca de 30 metros.
À espera da homologação, primeiro pela Faculdade de Motricidade Humana da Universidade de Lisboa, e depois da World Surf League e do Guinness, António Laureano não esconde a ansia de poder concretizar um sonho de carreira. O jovem afirmou que “é bastante raro, mesmo muito raro, termos uma ondulação daquelas logo no início da temporada. […] No dia, ao acordar, vi o mar e disse ao meu pai: ‘nunca vi o mar a rebentar tão em alto mar’. O meu pai: ‘sinceramente, também não’ “.
O pai, Ramon Laureano, um veterano das ondas grandes, esteve na mota de água num dia em que viram pela primeira vez “o mar na Nazaré tão grande e tão liso ao mesmo tempo”. ‘Tony’ confessa: “Tivemos a maior sorte de sempre, porque tivemos o maior mar da Nazaré, com as melhores condições. (…) [Na última onda do conjunto] O meu pai perguntou-me: ‘queres ir?’. ‘Sim, bora’. Assim que comecei a descer a onda, ganhei bastante velocidade, como nunca tinha ganhado”.
Depois de acertar “uns saltos” que umas motas de água tinham lançado, ao passar, começou a sentir uma mistura de sentimentos. “Adrenalina, felicidade, medo, tudo junto. No final, quando saio, olhei para trás e vi uma onda gigante atrás de mim, ouvi o pessoal a gritar e aplaudir”, acrescentou o surfista.
António Laureano já foi sete vezes nomeado para os prémios de ondas grandes da WSL, com vários troféus, sobretudo em ondas remadas: “O meu objetivo da carreira é sem dúvida surfar a maior onda do mundo. Estou a ver que está bastante perto de acontecer no início da minha carreira. Indica que estou a fazer um excelente trabalho”.
A acabar o 12.º ano, pretende dedicar alguns anos ao surf antes de ingressar no ensino superior, depois de começar a surfar “aos quatro anos”, ao lado das aulas do pai, e mais a sério “a partir dos 10 anos”.
FONTE: Jornal Notícias