25 de Abril: Parlamento celebra data com restrições pelo segundo ano consecutivo

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A sessão solene comemorativa do 25 de Abril no parlamento terá hoje e pelo segundo ano consecutivo restrições devido à pandemia de covid-19, mas desta vez sem contestação por parte de qualquer partido.

A Assembleia da República repetirá, com pequenas diferenças, o modelo restritivo de presenças de deputados e convidados que foi adotado em 2020, então contestado por partidos como CDS-PP e o Chega, que foram contra a realização da cerimónia, ou PAN e IL que defenderam outro formato, e que gerou duas petições ‘online’, uma pelo cancelamento e outra a favor da sessão solene, a juntarem centenas de milhares de assinaturas.

Esta polémica acabou, aliás, por dominar muitos dos discursos do ano passado, com o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, a defender, na sua intervenção, que a sessão solene do 25 de Abril era “um bom e não um mau exemplo” e que seria “civicamente vergonhoso” o parlamento demitir-se de exercer todos os seus poderes.

A sessão solene na Assembleia pela República arrancará pelas 10:00, com apenas 47 deputados nas bancadas (mais um do que no ano passado, já que há mais uma deputada com a condição de não inscrita, a ex-PAN Cristina Rodrigues), mantendo-se a distribuição feita em 2020: 19 deputados do PS, 13 do PSD, quatro do BE e quatro do PCP e um deputado de cada um dos restantes partidos (CDS-PP, PAN, PEV, IL, Chega) mais a deputada não inscrita Joacine Katar Moreira (ex-Livre).

Quanto ao Governo, vai estar representado na sessão solene pelo primeiro-ministro, António Costa, pelos ministros de Estado e da Economia (Pedro Siza Vieira), da Presidência (Mariana Vieira da Silva) e das Finanças (João Leão), bem como pelo ministro da Defesa, João Gomes Cravinho, e pelo secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro.

O antigo Presidente da República, Ramalho Eanes, será, pelo segundo ano consecutivo, o único ex-chefe de Estado a marcar presença hoje no parlamento, com Jorge Sampaio a declinar o convite por razões de saúde e Cavaco Silva por continuar “a respeitar as regras sanitárias devido à pandemia”.

Também assistirá à sessão solene o presidente do CDS-PP, Francisco Rodrigues dos Santos, que no ano passado faltou por opção, e três elementos da Associação 25 de Abril, incluindo o presidente, o coronel Vasco Lourenço, que esteve ausente há um ano.

De acordo com o cerimonial, está prevista a chegada de todos os convidados e altas entidades até às 09:55, hora marcada para o Presidente da República chegar ao parlamento.

Às 10:00 horas, será executado o hino nacional pela banda da Guarda Nacional Republicana, formada nos Passos Perdidos, outra diferença em relação a 2020, quando foi reproduzida uma gravação.

Caberá ao presidente da Assembleia da República, Eduardo Ferro Rodrigues, fazer a primeira intervenção, seguindo-se os partidos, por ordem crescente de representatividade.

Depois dos deputados únicos João Cotrim Figueiredo (IL) e André Ventura (Chega), que terão três minutos cada, falarão, por esta ordem e com tempo limite de seis minutos, Mariana Silva (PEV), André Silva (PAN), Pedro Mota Soares (CDS-PP), Alma Rivera (PCP), Beatriz Gomes Dias (BE), Rui Rio (PSD) e Alexandre Quintanilha (PS).

A última intervenção será, como sempre, a do chefe do Estado, prevista para as 11:10, numa sessão que deverá durar cerca de hora e meia e cujo encerramento será assinalado com nova execução do hino nacional pela banda da GNR.

epois de encerrar a sessão solene no comemorativa do 47º aniversário do 25 de Abril no parlamento, o Presidente da República conversa com jovens e capitães de Abril, no antigo Picadeiro Real do Palácio de Belém, a partir das 15:00.

Quanto ao primeiro-ministro, logo após participar na sessão solene na Assembleia da República, inaugura ao fim da manhã a Unidade de Saúde Familiar de Algueirão-Mem Martins, no concelho de Sintra.

A partir das 15:30, tal como aconteceu até 2019, os jardins da residência oficial em São Bento estarão abertos ao público, embora com normas de segurança sanitária por causa da covid-19.

Em São Bento, pelas 15:00, António Costa inaugura uma escultura de Fernanda Fragateiro e pelas 17:30 atribui a medalha de mérito cultural ao músico Sérgio Godinho, que surgirá também num concerto pré-gravado com transmissão pelas redes sociais Twitter do primeiro-ministro, Facebook e YoutTube do Governo. A RTP1 também exibirá o concerto pelas 19:10.

Fonte: Sapo

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