Pandemia levou ao “boom” das teleconsultas e médicos querem continuar

Pandemia levou ao “boom” das teleconsultas e médicos querem continuar post thumbnail image

Um inquérito aos médicos do Sistema Nacional de Saúde mostra que antes da pandemia apenas 25% realizavam consultas à distância. O número subiu para 94% e, na grande maioria dos casos, bastou o telefone.

Os primeiros meses da pandemia em Portugal colocaram médicos a dar consultas à distância, por todo o país. As mesmas podem ser dadas através de várias plataformas como Zoom, Skype ou Whatsapp.

Ainda que com algumas dificuldades técnicas, que vão desde a Internet fraca à falta de conhecimento e equipamento tecnológico, a maioria dos médicos quer manter este tipo de consultas num mundo posterior à Covi-19.

A informação surge num estudo nacional, divulgado esta quarta-feira, sobre a opinião dos médicos quanto ao uso da teleconsulta no Serviço Nacional de Saúde durante a primeira fase da pandemia. Foi desenvolvido pela Associação Portuguesa de Telemedicina (APT) com o apoio da Ordem dos Médicos.

Dos 2225 inquiridos entre Julho e Setembro de 2020 (7,2% do total de médicos que exercem funções no Serviço Nacional de Saúde), apenas 138 (6%) não realizaram consultas à distância na primeira fase da pandemia. Apesar de a grande maioria (85%) não ter qualquer experiência na área, agora, 70% esperam manter este tipo de consultas com utentes que já seguem. 

“Com a pandemia, a telemedicina passou por um ‘​boom’​”, explica primeiro Eduardo Castela, presidente da Associação Portuguesa de Telemedicina (APT), que está a tentar impulsionar a área há décadas. O facto de os profissionais de saúde optarem principalmente pelo telefone ou recorrerem a plataformas informais como o WhatsApp não o surpreende. 

“É preciso considerar que este inquérito foi feito em cima de uma pandemia em que tanto os utentes como os profissionais de saúde se queriam proteger. Naquela fase, valeu tudo”, confessa Castela. “O mais interessante é ver a adesão. Está claro que os médicos querem continuar a fazer telemedicina”, afirma.

FONTE: Público

Related Post