A Comissão de Trabalhadores da refinaria de Matosinhos foi notificada ao início da tarde desta quinta-feira pela Galp do arranque de um processo de despedimento coletivo que envolve 150 trabalhadores. Está já marcada uma reunião para o próximo dia 11.
“Atendendo a que concluímos as operações de refinação no passado mês de abril, infelizmente, não conseguimos encontrar solução para cerca de 150 trabalhadores. Ainda que mantenhamos os esforços no sentido de encontrar soluções e acordos por via de consenso entre as partes, não nos resta outra alternativa do que dar início a um processo de despedimento coletivo”, afirmou o administrador da Galp, Carlos Silva, à Lusa, referindo que a empresa chegou a acordo com 40% dos 401 trabalhadores.
“Dentro desses, mais de 100 continuarão a sua atividade, quer no parque logístico de Matosinhos, que manterá as suas funções de abastecimento ao mercado de combustíveis do Norte do país, quer por via da mobilidade interna para as áreas das renováveis, inovação, novos negócios e também para a refinaria de Sines”, precisou Carlos Silva.
“Sabemos como as coisas funcionam e já tínhamos vindo a alertar para isto. É inadmissível a despreocupação e o desrespeito com que o Governo olha para esta situação. Mas já percebemos que a transição energética vai ser feita neste modus operandi”, criticou o sindicalista.
Durante as próximas duas semanas, decorrerão reuniões entre a Comissão de Trabalhadores e a empresa para “tentar encontrar soluções”. No fim dessa ronda, cada trabalhador será informado individualmente e formalmente de que está inserido num processo de despedimento coletivo, explicou Telmo Silva.
Quanto ao futuro dos terrenos, o administrador da Galp disse que as características impostas pelo Plano Diretor Municipal (PDM) serão objeto de “respeito absoluto”, acrescentando que as soluções em estudo estarão alinhadas com os princípios da transição energética.
Fonte: JN