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Uma distopia da cidade do Porto para gerir os interesses da Invicta

O novo romance do dramaturgo Carlos Costa, Skyline, parte de elementos reais como a Câmara Municipal do Porto, a Ágora ou o FC Porto, para refletir sobre a cadeia invisível de relações, afetivas e institucionais, que influenciam a tomada de decisões da esfera pública.

Num futuro próximo, também, em ano de eleições autárquicas, e num Porto que parece muito bem reconhecível, o executivo municipal está empenhado na realização de uma obra pública que acredita ser o segredo para projetar a cidade a nível mundial: a deslocação da centenária Ponte D. Maria Pia, infra-estrutura ferroviária desativada em 1991, para o quarteirão da Antiga Companhia Aurifícia, metalúrgica situada entre a Rua de Álvares Cabral e a Rua dos Bragas, em Cedofeita, que marcou o tecido industrial portuense do final do século XIX e ali laborou até ao final de 2006. Ao ser desmontada e relocalizada para o centro da cidade, a ponte passaria a ter o estatuto de monumento e de obra de arte em vez do carácter funcional a que obedeceu outrora.

Esta é a premissa central de Skyline (Ed.Teodolito), o novo romance de Carlos Costa, dramaturgo, encenador e actor, cuja apresentação decorre este sábado, às 17h, no Mira Fórum, com a participação do músico e comentador Miguel Guedes e do cantautor Valter Lobo. No entanto, contrariamente, do que se possa pensar, o conceito não surgiu originalmente no plano da ficção. Em 2013, no âmbito de um concurso de ideias promovido pela Ordem dos Arquitectos para a reabilitação do quarteirão da Companhia Aurifícia, os arquitectos Pedro Bandeira e Pedro Nuno Ramalho apresentaram a ousada proposta que os pôs nas bocas do mundo. Na narrativa de Carlos Costa, é a câmara municipal, em conjunto com um designer, que promove a iniciativa, concretizando-a com a colaboração de figuras como o presidente, a vereadora da Cultura ou o director da Ágora – Cultura e Desporto do Porto, E.M.

FONTE: Público

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