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Economia

Mercadona fatura mais 3,3% em 2021 e reduz lucro em 6% devido ao impacto dos custos

A Mercadona, empresa de supermercados físicos e de venda online, aumentou em 2021 as suas vendas consolidadas em superfície constante em 3,3%, para os 27.819 milhões de euros. Deste total, 415 milhões correspondem às vendas das
suas 29 lojas em Portugal, país onde alcançou uma quota de mercado de 3%, após dois anos de presença.

Nos últimos 12 meses, especialmente desde abril, a empresa enfrentou um contexto económico e social complexo, no qual teve de gerir as várias medidas relacionadas com a pandemia nas diferentes regiões onde opera, entre as quais, as restrições de mobilidade e os confinamentos, assim como um elevado aumento dos custos devido ao crescimento disparado das matérias-primas, dos transportes ou dos preços industriais.

A empresa criou 1.000 novos postos de trabalho com contrato sem termo e assegurou a manutenção do poder de compra da equipa, com uma subida salarial de acordo com o IPC de Portugal e de Espanha, e voltou a reconhecer o esforço da equipa com a distribuição de um prémio por objetivos de 375 milhões de euros, que corresponde a 25% do lucro total gerado.

Perante esta conjuntura inflacionista, e para minimizar o respetivo impacto nos preços de venda, a Mercadona decidiu não repercutir nos seus clientes a totalidade desses aumentos significativos, o que gerou um impacto negativo de 100 milhões de euros nas suas margens operacionais e que se traduziu numa redução de 6% do seu lucro líquido, que em 2021 foi de 680 milhões de euros.

Com a abertura de mais 9 lojas em 2021, alcançando as 29 no país, a Mercadona atingiu um volume de vendas de 415 milhões de euros e pagou 62 milhões de euros em impostos através da empresa Irmãdona Supermercados, sediada em Vila Nova de Gaia. Além disso, finalizou o ano com uma equipa de 2.500 colaboradores e um investimento de 110 milhões de euros. A previsão para 2022 é abrir mais 10 lojas em Portugal, tendo em vista a continuidade do seu projeto de expansão no país.

Em 2021, Juan Roig e Hortensia Herrero destinaram novamente 100 milhões de euros dos seus dividendos para a reativação económica da Comunidade Valenciana e de Espanha, e voltarão a distribuir o mesmo valor em 2022 “porque o conhecimento e o dinheiro dão a felicidade… se os partilharmos”.

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