Universidade do Porto passará a ter 2000 camas para estudantes
Somando a capacidade existente nas atuais residências, às candidaturas ao Plano de Recuperação e Resiliência (PPR), a Universidade do Porto passará a contar com 2000 camas para estudantes. A estas juntam-se cerca de 6000 disponibilizadas em residências universitárias privadas.
Numa cerimónia apadrinhada pelo chefe de Estado, Marcelo Rebelo de Sousa, esta quinta-feira, foi assinado o protocolo que junta a Câmara do Porto e a federação Académica do Porto (FAP) para a abertura da residência da Rua da Bainharia, na Sé.
Terá 20 camas. O presidente do Município, Rui Moreira, após assinar dos documentos, assinala que “tem o caráter pioneiro de atribuir à FAP a gestão, reforçando o papel dos jovens na criação e gestão de soluções inovadoras. E tem como efeito secundário ajudar ao rejuvenescimento do Centro Histórico”.
Marcelo Rebelo de Sousa, ao discursar, falou “fazer a ponte entre o passado e o futuro”. Comentou também que, com esta iniciativa, “o Porto é pioneiro” e que a residência na Sé “é um passo decisivo”. Elogiando o papel da Autarquia, referiu que “uma vez mais, o Porto deu um bom exemplo a Portugal”.
Gabriela Cabilhas da FAP referiu que o “sonho começa agora a ganhar forma”.
Às 20 camas na Sé, que estarão prontas a tempo do início do próximo ano letivo, há a juntar muitas outras, que resultarão das candidaturas ao PRR e que ainda farão o seu caminho.
Por iniciativa da U. Porto está prevista a criação de cerca de 400 camas na Boa Hora e na Asprela. De uma dimensão semelhante, mas fruto de uma candidatura conjunta, da Câmara e da Universidade, serão disponibilizadas outras 400, no Morro da Sé e no Monte Pedral. Para o Morro da Sé, o investimento será de sete milhões de euros, enquanto que no caso do Monte Pedral serão investidos entre 6 a 6,5 milhões de euros.
Em termos de capacidade da U. Porto, há a acrescentar 50 camas na Carvalhosa, numa residência que está a ser construída.
Sem os empreendimentos do PRR, a atual capacidade da Universidade ronda as 1100 camas. As unidades de alojamento concentram-se nas residências Alberto Amaral, Novais Barbosa, Campo Alegre I, Jayme Rios de Sousa e Ciências. Todos estes edifícios receberam obras de requalificação, no valor de três milhões de euros.
A lotação fica preenchida com as residências Campo Alegre III, Aníbal Cunha, Paranhos e Bandeirinha.