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BOAVISTA FC

Casa Pia 2-0 Boavista FC | Crónicas da Bola

No Jamor, Filipe Martins manteve o onze utilizado na derrota com o Benfica (0-1), ao passo que, nos axadrezados, Petit colocou dois reforços no onze. Sasso, Salvador Agra e Bozenik entraram para os lugares de Hamache, Luís Santos e Yusupha, respetivamente.

Com ambas as equipas a apresentarem-se nos seus habituais 3-4-3, o encaixe posicional entre gansos e panteras era evidente e o importante seria perceber as dinâmicas dentro de campo que as equipas iriam impor.

O Casa Pia começou por defender em bloco baixo, de forma a perceber como o Boavista se ia apresentar, mas a verdade é que os axadrezados estavam com alguma dificuldade em ter bola e isso permitiu aos lisboetas assumir um pouco mais as rédeas do jogo. O Casa Pia mostrava ter mais paciência e assertividade com a bola no pé, enquanto o Boavista mostrava-se algo impaciente, ia apressando em demasia os processos e mostrava-se um pouco dependente dos movimentos de rutura de Salvador Agra, dado que, no meio-campo, Sebastián Pérez e Makouta não conseguiam ligar nem fluir o jogo.

Apesar de terem mais bola, os gansos não estavam propriamente inspirados no ataque e não conseguiam criar ocasiões de golo, porque faltou sempre aquele último passe de maior qualidade. Assim, a primeira parte terminou muito equilibrada, pouco intensa, praticamente sem oportunidades de golo relevantes e, no geral, foi fraca, em termos de qualidade de jogo.

Depois de uma primeira parte pouco intensa, os primeiros minutos do segundo tempo mostraram desde logo mais intensidade e disputa de bola. Do lado do Boavista, a grande diferença, foi a maior aproximação e disponibilidade ao jogo de Makouta, que permitiu à equipa jogar cada vez mais perto da baliza adversária, de tal modo que os axadrezados criaram logo um par de grandes oportunidades. Primeiro por intermédio de Gorré, que atirou ao lado e, depois, o reforço Bozenik esteve perto de se estrear a marcar, mas o remate saiu ao lado.

Esta maior aproximação ao ataque forasteira, abriu claramente o jogo. Com essa abertura, o Casa Pia finalmente conseguiu começar a usar a sua principal arma, as alas. E foi precisamente assim que os casapianos inauguraram o marcador, aos 61 minutos. Saviour Godwin e Lucas Soares arrancaram e combinaram pela ala direita e o brasileiro deu para o coração da área, onde surgiu outro brasileiro, Rafael Martins, para fazer o 1-0 e o primeiro golo do Casa Pia na Primeira Liga em 83 anos.

A perder, o Boavista subiu linhas e começou a arriscar ainda mais, mas os comandados de Filipe Martins souberam defender para depois saírem em transições, principalmente por Godwin, uma autêntica flecha pronta a atacar a profundidade e, aos 67’, o nigeriano foi desmarcado de forma exímia por Kunimoto, fugiu a Sasso e disparou para o fundo das redes da baliza de Bracali. Estava feito o 2-0, sendo que os dois golos do Casa Pia foram marcados em seis minutos e completamente contra a corrente do jogo.

Nos últimos 20 minutos, Petit tentou de tudo e colocou “a carne toda no assador”, mas os casapianos, sólidos e compactos, aguentaram-se muito bem e acabaram por conquistar a vitória, a primeira nesta temporada e a primeira no principal escalão do futebol português em 83 anos.

???????çã? ???????: A primeira parte foi fraca de parte a parte e não gostei do meio-campo axadrezado. Na segunda metade, no Boavista, houve uma maior aproximação, disponibilidade e entrega ao jogo de Makouta. Os comandados de Petit tiveram mais bola, aumentaram a intensidade, remataram mais, mas o Casa Pia, sólido defensivamente, soube jogar mais na expectativa e esperar pelo adversário para depois sair em transições rápidas e feri-lo.

???? ??: Saviour Godwin. O extremo nigeriano foi um dos melhores jogadores da Segunda Liga, em 2021/22, e, este ano, é o craque da equipa lisboeta, que sabe usar as suas principais armas, a velocidade e o ataque à profundidade. Tem tudo para ser uma das revelações da temporada.

?????? ?? ????: A primeira parte. O primeiro tempo foi fraco de parte a parte, já que foi pouco intenso, as equipas estavam encaixadas a nível tático e pouco conseguiram fazer de relevante, em termos de oportunidades de golo. Houve pouca inspiração e claramente que faltaram ideias.

Exibição pragmática e eficaz levou o Casa Pia à vitória!

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Texto de Raúl Saraiva

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