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FC Porto 3-0 Sporting CP | Crónicas da Bola

O FC Porto recebeu e venceu o Sporting CP, por 3-0!

O FC Porto não pôde contar com Marko Grujić, no meio-campo, e para o seu lugar entrou Bruno Costa, aliado ao regresso à titularidade de Otávio. Atrás, Marcano foi novamente titular.

No Sporting, Luís Neto foi titular, Morita entrou para o lugar de Matheus Nunes (transferido para o Wolverhampton Wanderers FC, a meio da semana) e o ataque móvel (Trincão – Edwards – Pedro Gonçalves) manteve-se.

O Sporting arrancou melhor na partida, com mais bola, ataques rápidos e mais perigo. A prova disso é que, aos 11 minutos, a equipa sportinguista registava os dois únicos remates do encontro, sendo que um deles surgiu por Morita, que entrou bem na área e rematou com estrondo ao poste da baliza de Diogo Costa. Contudo, logo após esse lance, o jogo mudou.

Os dragões começaram a pressionar com maior intensidade no meio-campo leonino, não deixando os médios visitantes ter bola e lançar os ataques, e os da casa passaram a ter mais bola, e junto da baliza de Adán.

O jogo tornou-se feio, com muita luta, vários cartões amarelos e sem futebol vistoso, mas adivinhava-se mais o golo dos portistas do que dos lisboetas. E foi mesmo isso que aconteceu. Aos 42 minutos, cruzamento de João Mário, Adán não conseguiu afastar e chocou com Taremi, a bola sobrou para Evanilson que só teve de encostar. Estava aberto o marcador na melhor altura para quem marca e na pior para quem sofre.

Ainda assim, a resposta leonina foi rápida e, aos 45+3’, Trincão desferiu um remate perigoso que obrigou Diogo Costa a uma defesa incrível. E, ainda aos 45+5’, foi também Diogo Costa a salvar os portistas, depois de um canto batido à direita do ataque sportinguista, Gonçalo Inácio cabeceou para, mais uma vez, Diogo Costa realizar uma excelente intervenção, a dois tempos. E saiu para o intervalo muito aplaudido por isso.

Na segunda parte, os verdes e brancos voltaram a entrar melhor. Os dragões baixaram linhas e começou a jogar mais na expectativa, o que fez com que os leões conseguissem ter mais tempo e espaço para trocar a bola. Porém, não conseguiu criar oportunidades claras de golo, muito por causa da solidez e segurança defensiva portista.

Aos 72’, Sérgio Conceição promoveu duas alterações. Stephen Eustáquio e Galeno entraram para os lugares de Bruno Costa e Taremi, respetivamente. Com os comandados de Sérgio Conceição a tentarem sair várias vezes em transições rápidas, Galeno, tal como tinha feito em Vizela, mudou completamente o jogo. E, numa das transições rápidas, o lance que mudou o jogo. Adán precisou de sair da baliza deixando esta completamente desprotegida para um cabeceamento de Galeno, mas, Pedro Porro usou o braço para “defender” a bola, em cima da linha de golo. Cartão vermelho para o espanhol, consequente grande penalidade para os azuis e brancos e Uribe não desperdiçou o 2-0.

Entre outras alterações que Rúben Amorim promoveu, o jovem Fatawu entrou aos 78 minutos e, aos 83, fugiu completamente a Marcano, ficou isolado e atirou com o pé esquerdo, mas Diogo Costa estava inspirado.

Dois minutos depois, grande contra-ataque dos dragões conduzido por Pepê, que deu para Galeno. O brasileiro tirou Ugarte da jogada e foi derrubado por Adán na grande área. Na marca dos onze metros, o número 13 azul e branco não tremeu e atirou forte para o meio da baliza.

Até final, destaque para o golo (mal) anulado a Gabriel Veron, por uma suposta falta sobre Fatawu, à entrada da área, no início da jogada.

???????çõ?? ????????: Era um clássico e num clássico há sempre maior noção de superioridade. Foi isso que se viu no Dragão, de Diogo Costa a Galeno, de Sérgio Conceição à bancada. Não foi um FC Porto a massacrar o adversário. Foi, isso sim, uma equipa muito ciente do que tinha de fazer em todos os momentos do jogo, a saber quando tinha de baixar linhas, jogar mais recuado e de se encolher e quando tinha de esticar, a aproveitar quase tudo o que o adversário foi permitindo.

O FC Porto é uma equipa completamente diferente com Otávio a titular. Já Bruno Costa não tem capacidade física para aguentar este tipo de jogos e, por isso, continua a faltar um médio com maior criatividade.

Quanto ao Sporting, tal como disse na antevisão ao jogo, Morita é diferente de Matheus Nunes, sobretudo porque não tem a mesma capacidade de condução, de choque e de explosão do luso-brasileiro. Porém, o nipónico permite a Ugarte mais incursões pelo campo com bola e, embora não tenha a mesma qualidade de condução de Matheus Nunes, tem pontos interessantes. Morita e Ugarte foram amarelados ainda na primeira parte e foram, por isso, condicionados, já que faltou agressividade ao meio-campo leonino.

???? ??: Galeno. O brasileiro entrou com tudo e ninguém do Sporting o conseguiu parar. Não desbloqueou o jogo, mas sentenciou-o. É ele que cabeceia para Pedro Porro fazer o primeiro penálti e também é ele que ganha (e, posteriorimente, converte) o segundo penálti.

?????? ?? ????: Pedro Porro. O lateral espanhol somou várias perdas de bola em zonas perigosas e, apesar de ter entrado bem no segundo tempo, acabou por cometer uma grande penalidade e foi, consequentemente, expulso. Nesse lance, podia muito bem ter deixado a bola entrar, até porque ficava 2-0, mas os leões não ficariam em desvantagem numérica. Dupla penalização coletiva.

Grande vitória do FC Porto, que aproveitou quase tudo que o Sporting permitiu!

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Texto de Raúl Saraiva

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