Aeroporto do Porto tem potencial para crescer, garante o Governo

Aeroporto do Porto tem potencial para crescer, garante o Governo post thumbnail image

Voos da Portugália serão a aposta principal no aeroporto Francisco Sá Carneiro, e a companhia será poupada a despedimentos – ao contrário da TAP onde se prevê o corte de 500 pilotos e 750 tripulantes de cabine, detalhou o ministro das Infraestruturas

O ministro das Infraestruturas e da Habitação, Pedro Nuno Santos adiantou esta terça-feira que o aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, tem potencial para crescer e que quer aumentar a sua viabilidade com aposta na Portugália.

“O aeroporto Sá Carneiro é o principal aeroporto do noroeste peninsular e tem potencial para crescer. A TAP tem um papel importante no aeroporto, que nunca vai perder e nós vamos tentar, através desta aposta na Portugália, aumentar também a viabilidade, fazermos outro tipo de voos a partir do Porto”, declarou Pedro Nuno Santos numa audição parlamentar sobre o plano de reestruturação da TAP.

“Agora, nós não temos como única obsessão, quando a empresa é publica, que ela dê lucro a todo o custo, mas nós também e é este equilíbrio que nós temos de procurar, a bem do país, a bem das contas públicas, mas obviamente também a bem do território e da coesão territorial”, acrescentou o ministro.

Sobre a operação no aeroporto Francisco Sá Carneiro, no Porto, o governante garantiu não haver qualquer intenção de a “reduzir ou penalizar”. “A aposta na TAP Express vai, pelo menos, permitir, ou tornar viável, um conjunto de operações que não são, se forem feitas pelas TAP”, enfatizou Pedro Nuno Santos, referindo que “vamos aumentar a capacidade de servir a região norte a partir do aeroporto Sá Carneiro, mas, mais uma vez, é um trabalho da gestão e que depende da procura”.

Relativamente à Portugália, companhia onde se centra a aposta no aeroporto Sá Carneiro, não está prevista a redução de pessoal no âmbito do plano de reestruturação da TAP, apesar da transportadora fazer parte do grupo.

“A Portugália nunca atingirá o custo unitário de uma ‘low cost’, mas nós sabemos que entre as ‘low cost’ e as companhias de bandeira há um segmento de mercado que pode ser explorado”, tinha avançado Pedro Nuno Santos em conferência de imprensa a 11 de dezembro sobre o plano para a TAP, e referindo-se à operação de voos de curto e médio curso da TAP Express.

“Nós vamos reforçar a frota dos aviões [da Portugália] para o dobro. Temos ATR [bimotores de médio porte] que vão acabar por ser descontinuados, ficaremos com 13 [aeronaves da fabricante] Embraer, ou seja, duplicaremos a rota de Embraer da Portugália, portanto, para 26”, explicou então Pedro Nuno Santos.

O Governo entregou na quinta-feira o plano de reestruturação da TAP à Comissão Europeia, que, segundo detalhou esta terça-feira o ministro, prevê o despedimento de 500 pilotos, 750 tripulantes de cabine, 450 trabalhadores da manutenção e engenharia e 250 das restantes áreas.

O plano prevê, ainda, a redução de 25% da massa salarial do grupo e do número de aviões que compõem a frota da companhia, de 108 para 88.

Related Post