O Terminal Intermodal de Campanhã vai contribuir para uma diminuição considerável dos gases com efeito de estufa no centro do Porto. Em cinco anos, a estimativa aponta para a diminuição de cerca de 1,776 toneladas de dióxido de carbono (CO2) saídas dos tubes de escape.
Está previsto que a obra termine no segundo semestre de 2021 e, desta forma, o Terminal Intermodal de Campanhã (TIC) vai revolucionar os transportes e a mobilidade no Porto. A par disto, é um projeto que apoia a sustentabilidade ambiental e os ganhos são significativos.
A câmara do Porto segue os mesmos passos que muitas outras cidades europeias já têm implementado com sucesso, optando pela retirada gradual dos transportes pesados de passageiros dos centros urbanos.
A decisão vai permitir atenuar a poluição atmosférica que se concentra nestes núcleos, bem como, reestruturar e disciplinar a largada de passageiros que, a partir dos terminais intermodais, podem, em poucos tempo conseguem aceder ao centro do Porto através da rede da STCP ou de metro.
O diretor municipal de Mobilidade e Transportes, Manuel Paulo Teixeira afirmou que “acabam-se com as paragens ad hoc no centro do Porto, em infraestruturas pouco qualificadas”. Uma delas é o parque de camionagem informal que foi criado, há muitos anos, na Rua do Régulo da Magaunha, onde o município quer construir mais habitação.
Segundo o responsável municipal, a autarquia estima que, ao longo de um ano, o Terminal Intermodal possa registar “cerca de 357 mil toques”, o que significa que, “num pico de atividade, pode receber cerca de 1.000 autocarros por dia”: mais concretamente, cerca de 600 autocarros expresso, 400 de transporte público intermunicipal de passageiros e 30 internacionais. Informou ainda que o TIC vai funcionar “24 sob 24 horas” e ter “ligação direta ao aeroporto”.
A receita estimada nos primeiros anos ronda os 1,4 milhões de euros, sem contabilizar as receitas provenientes de comércio e publicidade.