Piratas informáticos roubam dados em massa à Uber e Amazon fazendo-se passar por motoristas

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O organismo da administração norte-amemricana responsável por investigar a criminalidade organizada dentro e fora dos EUA ( Homeland Security Investigations )  Frankie DiGiacco, na altura Procurador do Departamento de Justiça, destacado no sul da Califórnia, receberam uma denúncia que os deixou estupefactos: alegadamente, um grupo de cinco piratas informáticos brasileiros roubaram os dados de motoristas da Amazon, Uber, incluindo da app de entregas de comida Eats, Instacart, Doordash, Postmate, Lyft e Grubhub, e, disfarçados com as identidades que já tinham furtado, conseguiram dados pessoais de clientes destas aplicações.

O objetivo era criar novas contas de colaboradores nessas mesmas plataformas, de forma a alimentar o esquema, e também de clientes, de maneira a construir novos cartões de cidadão e outros documentos destinados a imigrantes ilegais, criminosos que estão a monte e até a indivíduos sem carta de condução.

DiGiacco, em entrevista à “Forbes”, referiu que o que o mais impressionou foi a facilidade dos métodos

com que particulares conseguiam roubar dados de multinacionais, uma prova clara da aparente vulnerabilidade destas empresas, em contraste com a sua dimensão.

“Quando os suspeitos, por exemplo, entregavam álcool, aproveitavam o momento e pediam aos clientes para ver e fotografar o documento de identificação, sob o pretexto de ser uma política das empresas para garantir que este tipo de bebidas era entregue a pessoas maiores de idade. Enão é que havia quem acreditava?” , descreve o ex-procurador.

Os alegados criminosos elaboravam cartões de cidadão, vistos de residência e até cartas de condução falsas.

Jake Moore, especialista em crime organizado e antigo responsável pela polícia de Dorset no Reino Unido, contactado pela ‘Bloomberg’, refere que “ainda é muito comum ver golpes tão simples a terem tanto sucesso. Há muitos artistas a lucrar com a falta de capacidade de muitas plataformas e organizações”, concluiu.

Fonte: Sapo

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